«Somos, há 11 anos consecutivos, a região de Portugal com o melhor índice de qualidade ambiental, reconhecimento atribuído pela excelente qualidade da água e do ar; pela boa gestão dos resíduos urbanos; pela extensa rede de saneamento básico; pela dimensão das áreas protegidas; pela correta gestão florestal e diminuição das áreas ardidas; pela percentagem de energias renováveis e pela redução das emissões de gases com efeito de estufa, entre outros.
Independentemente do empenho na mitigação às alterações climáticas, a adaptação do território aos impactos de um clima em mudança é uma inevitabilidade e o foco das políticas ambientais regionais. Garantir água, salvaguardar a floresta e a biodiversidade, e proteger a população.
Com o intuito de preparar a Região para as menores disponibilidades hídricas futuras, temos investido fortemente na diminuição das perdas de água nos canais de rega e nas redes de abastecimento, no aumento do armazenamento em altitude, na captação de águas perdidas que correm para o mar e na interligação dos dois principais sistemas hídricos, Tornos e Canal do Norte.
Conseguimos que as Levadas da Madeira fossem, em 2023, a candidatura de Portugal a Património Mundial da UNESCO. Um procedimento que será, sem dúvida, um dos grandes marcos deste mandato e o justo tributo àqueles que edificaram tão magnífica obra.
Um dos mais importantes eixos da estratégia ambiental regional é a proteção da floresta concretizada pela prevenção, vigilância e combate aos incêndios florestais. Desta forma, além do esforço de intervenção no espaço florestal, reforçámos os nossos recursos humanos com mais 16 polícias florestais, 9 vigilantes da natureza e 10 sapadores florestais. Ao mesmo tempo valorizámos as suas carreiras e reforçámos os equipamentos e meios de 1ª intervenção, garantindo maior capacidade de atuação. O resultado tem sido a diminuição significativa da área ardida nos últimos anos.
A natureza é o grande capital do século XXI. Somos o território português com maior área protegida, 65% da área terrestre e 89% do mar territorial. De entre as muitas histórias de sucesso que têm permitido proteger e recuperar património natural único no mundo, destaco a visão da estratégia conservacionista nas Ilhas Selvagens.
Berçário e habitat de uma biodiversidade incrível, foi recentemente ampliada, tornando-se a maior Área Marinha totalmente protegida do Atlântico Norte. A região a sul, mais longínqua de Portugal, a deixar mais próximo o compromisso português da conservação».