Segundo Rui Barreto, nos últimos sete anos, o Governo Regional já procedeu a cinco reduções no ISP, medida que permite que a Região apresente, agora, um preço médio inferior àquele que está a ser cobrado no continente. Trata-se, conforme referiu, de uma forma encontrada pelo Executivo Madeirense no sentido de “atenuar a escalada de preços nos mercados internacionais. Só para termos uma ideia: no início desta pandemia, os mercados internacionais estavam a negociar à volta de 30 dólares o barril de petróleo e, esta terça-feira, atingiu os 130 dólares e as projeções apontam que esses valores poderão atingir os 160, ou 180 dólares ao barril”. Tudo isto, diz o governante, “como consequência do conflito resultante da invasão da Ucrânia por parte da Rússia. Não nos podemos esquecer que a Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo e o segundo maior produtor de gás do mundo”. O conjunto de sanções que foram aplicadas por parte da UE à Rússia, segundo Rui Barreto, “está a ter consequências e uma delas é este aumento do preço dos combustíveis. Não há guerras grátis. Se nós aplaudimos o conjunto de sanções – e aplaudimos enquanto sociedade europeia, civilizada e ocidental – à Rússia pela invasão hostil que fez ao Estado ucraniano e o conjunto medidas e sanções aplicadas à Rússia. Há uma consequência devida à dependência destas energias fósseis”. Neste momento, e face ao evoluir dos mercados internacionais, o secretário regional da Economia diz que “é expetável que os preços venham a aumentar enquanto decorrer o conflito, ou enquanto não for encontrada, geograficamente, outras fontes de fornecimento desta energia para acomodar isto. O que o Governo Regional vai fazer é baixar os impostos para amortecer o aumento do preço do petróleo nos mercados internacionais”. Relativamente aos efeitos da subida dos combustíveis nos transportes públicos, Rui Barreto diz que o Governo Regional vai manter o preço dos passes sociais, compensando, depois, as empresas de transporte públicos através das indeminizações compensatórias.