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Governo Regional reforça apoios à terceira idade

O Vice-Presidente do Governo Regional anunciou, esta manhã, na sessão de abertura do evento "Policy Learning Events", que a Região deverá reforçar os apoios à terceira idade. 16-03-2018 Finanças
Governo Regional reforça apoios à terceira idade

Pedro Calado, que falava no âmbito do projeto “HoCare: Promoção de soluções inovadoras para cuidados Domiciliários, reforçando a cooperação em cadeias regionais de inovação”, adiantou que esse reforço irá passar pela contratação de mais 30 ajudantes domiciliárias, para um serviço que já serve neste momento, perto de 3.500 cidadãos.

De acordo com o vice-presidente do Governo Regional, “o envelhecimento da população é, hoje, uma realidade incontornável. O aumento da esperança de vida, a par de uma diminuição da taxa de natalidade, está a levar a que este fenómeno esteja a ocorrer de uma forma acelerada, exigindo respostas e soluções urgentes a todas as sociedades, de todos os quadrantes do globo, mas com particular destaque na Europa, onde esta problemática se coloca com maior acuidade”.

Na Madeira, também não é exceção. De acordo com os Censos 2011, citados pelo vice-presidente do Governo Regional, “a faixa etária da população entre o 0 e os 29 anos diminuiu na última década. E, pelo contrário, a população com 65 ou mais anos cresceu, passando de 13,7% em 2001 para 14,9% em 2011”.

Esta realidade, de acordo com Pedro Calado, “obriga-nos a uma atenção redobrada com a população mais idosa e, em especial, com as suas necessidades, por forma a que este fenómeno tenha o devido acompanhamento e resposta, quer pela iniciativa privada – onde existe um grande potencial para investimento – quer de iniciativa pública”.

Hoje, disse, “o Governo Regional tem já uma política e uma estratégia virada para estas faixas etárias, com apoios concretos. A este nível, temos, cinco lares oficiais, 21 geridos por Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), e outro a cargo de uma entidade privada. No conjunto, representam um total de 1.366 camas, todas elas com apoios públicos”.

A outro nível, acrescentou, “temos, também, centros de dia e centros de convívio, sendo 14 oficiais, 41 geridos por iPSS e dois privados, alcançando um total de 1.810 frequentadores”.

Mas, tal como afirmou, “o nosso grande desafio é estar em permanente observância da realidade diária e das necessidades que vão surgindo, para podermos dar respostas adequadas a cada momento, antecipando, muitas vezes, aquelas que serão as situações mais complexas e que precisam, também por isso, de soluções articuladas e multidisciplinares, baseadas no conhecimento adquirido e na experiência de outras regiões que enfrentam problemas semelhantes”.

Por isso, referiu, “é de extrema importância este projeto “HoCare”, que conta com apoios comunitários que incentivam, precisamente, ao conhecimento em rede e a troca de experiências, por forma a encontrar soluções para problemas comuns, neste caso, os cuidados domiciliários na terceira idade”.

Por outras palavras, a Madeira, “em parceria com outros sete parceiros, a saber: Chipre, Eslovénia, Bulgária, Roménia, Lituânia, Hungria e República Checa, está a elencar uma série de boas práticas ao nível dos cuidados domiciliários para, no final do projeto, em 2020, reunir um conjunto de boas práticas que servirão para nortear, também, uma estratégia e uma resposta cada vez mais adequada à nossa realidade insular e às nossas especificidades”, rematou o governante.

A grande vantagem deste projeto é, tal como afirmou, “a simbiose que resultará entre os participantes, destacando-se as boas práticas de uns e de outros, mas também pelo enriquecimento dos diferentes contributos que são recolhidos ao longo dos trabalhos, quer no plano regional e nacional, quer no plano internacional. Pois, além da administração pública, este é um projeto que envolve também investigadores e especialistas nesta área, universidades, empresas e cuidadores na prestação de serviços”.

Os cuidadores domiciliários e, em particular, “os cuidadores informais é, de resto, um tema da atualidade, que tem suscitado alguma discussão pública e que considero que é imperioso que se encontre uma solução duradoura, que passe por uma legislação adequada e, sobretudo, que corresponda às atuais necessidades”, disse Pedro Calado.

Para o vice-presidente, “esta é uma matéria reconhecida por todos como importante e que, de certa forma, terá de ser revista por forma a apoiar as famílias, dando o merecido apoio a estes cuidadores que, na Região, em 2017, estavam quantificados em 286”.

Com tudo isto, segundo Pedro Calado, “o Governo Regional da Madeira demonstra que está atento a esta problemática, que é uma questão transversal a todos os países da Europa. Mas não nos limitamos a constatar o fenómeno. Implementámos e vamos continuar a implementar medidas de intervenção, por forma a corresponder às necessidades da população menos jovens e com necessidades de acompanhamento, mas também a encontrar respostas para dar mais condições aos cuidadores domiciliários”.

Na oportunidade, o governante deixou ainda “uma palavra também para todas as entidades regionais que estão envolvidas no projeto ‘HoCare’, a começar pelos organismos sob a alçada do Governo Regional, mas também ao M-ITI, a Universidade da Madeira, a Escola Superior São José de Cluny, ARDITI, Madeira Rochas, bem como a WowSystems, Thalasso SPA, Madebiotech, ACIN, ACIF, Montepio Geral, União das IPSS, Delegação Regional da Madeira da Associação Portuguesa de Familiares e Amigos dos Alzheimer, Dilectus”.


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