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CINM sem irregularidades mas vítima de lóbis

O presidente do Governo Regional rejeita qualquer irregularidade por parte do CINM e sustenta não concordar com conteúdo de relatório da União Europeia sobre a Zona Franca da Madeira, divulgado hoje. Miguel Albuquerque desvaloriza-o, recordando as cíclicas notícias negativas que têm como origem a forte pressão de praças europeias concorrenciais. 04-12-2020 Presidência
CINM sem irregularidades mas vítima de lóbis

Miguel Albuquerque diz que há um forte lóbi por parte de outras praças financeiras europeias contra o Centro Internacional de Negócios da Madeira. Uma concorrência que explica as notícias negativas postas a circular sobre a Zona Franca.

O presidente do Governo Regional, que falava à margem de uma visita que realizou à escola da Ribeira Brava (cuja primeira fase de obras de requalificação está concluída), reagia assim ao relatório da União Europeia que alega que algumas das empresas apoiadas ao nível da Zona Franca da Madeira não têm criado emprego nem investido na Região e que exige que Portugal peça a devolução das ajudas por parte dessas mesmas empresas.

Segundo Miguel Albuquerque, há que ter em conta que o «CINM está em concorrência com outras praças financeiras europeias, como Luxemburgo, Holanda, Londres, Malta ou Chipre, pelo que há um conjunto de lobbies sempre a fazer pressão contra a praça madeirense».

«O CINM é uma off-shore onde as empresas, através de auxílios de Estado, podem se sedear, com benefícios fiscais. É a única maneira de uma região ultraperiférica poder ter empresas internacionais. A Zona Franca da Madeira tem cerca de 6 mil postos de trabalhos diretos e indiretos, cerca de 1.600 empresas e gera, para a Região, receita fiscal de 120 milhões de euros por ano. É imprescindível para o desenvolvimento da Madeira», recordou.

O governante exemplifica com o Registo Internacional de Navios da Madeira, que tem ido buscar navios que estavam registados no da Holanda, para exemplificar comm a concorrência existente. «Como é evidente, as praças concorrentes estão sempre a tentar deitar abaixo a nossa praça, porque se essas empresas não estiverem aqui irão para uma delas», explicou.

Miguel Albuquerque criticou ainda «uns maluquinhos que andam por aí à solta, alguns dos quais querem assumir grandes responsabilidades a nível nacional, que ainda não perceberam que o Centro Internacional de Negócios é fiscalizado, auditado pela UE e outras entidades».

O governante acentua que não se tratam de irregularidades, mas de possíveis correções a fazer. «Se forem preciso fazerem-se, vamos fazê-las», acrescentou. Disse ainda que a Região vai responder ao relatório, com o qual não concorda.


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