“A independência técnica que a Direção Regional de Estatística tem dentro do Governo Regional não pode ser posta em causa”. O alerta foi deixado pelo Secretário Regional das Finanças, na abertura do III Colóquio de Estatística Regional, em representação do Presidente do Governo Regional.
O evento serviu também para assinalar os 43 anos de existência da Direção Regional de Estatística (DREM) como serviço regionalizado.
De acordo com Rogério Gouveia, este compromisso de confiança é para manter, até porque “as estatísticas são o que são, mas não podem, nem devem ser, valorizadas apenas quando são positivas e menosprezadas quando são negativas”.
É assim que o Governo Regional interpreta, disse, relaçando que, por isso mesmo, não aceita algumas observações que, por vezes são feitas, de que as estatísticas são manipuladas ou instrumentalizadas pelo Executivo Regional.
"Isso não acontece e nunca aconteceu”, garantiu Rogério Gouveia, reforçando que "a DREM goza de total independência técnica e de um estatuto que lhe permite fazer o seu trabalho de forma isenta”.
Segundo o responsável pela tutela, isso mesmo tem sido absolutamente demonstrado ao nível do reconhecimento do trabalho que aquela direção realiza e que reflete a colaboração estreita com o Instituto Nacional de Estatística e a confiança que este deposita na DREM.
A ocasião foi aproveitada, também, para realçar alguns indicadores tornados público recentemente e que refletem a performance económica dos últimos anos na Madeira.
Muitos desses indicadores, salientou o secretário regional, estão acima daquilo que era esperado para o período pós-pandémico, como são os casos dos números do turismo, da criação líquida de empresas, do emprego com a taxa mais baixa desde 2009, do número mais elevado de sempre de população ativa empregada, da produção de banana, da venda de cimento.
Indicadores que, realçou o titular da pasta das finanças, demonstram que a Madeira atravessa um período bastante positivo.
"Existem, todavia, outros indicadores que merecem também a nossa atenção, como os que refletem a inflação e que têm merecido uma atenção especial e a implementação de medidas de mitigação", referiu Rogério Gouveia.