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Queremos soluções para a mobilidade, não problemas

O Vice-Presidente do Governo Regional diz que a Região não quer que o Governo da República arranje problemas, mas que contribua para a soluções. 20-11-2017 Finanças
Queremos soluções para a mobilidade, não problemas

Pedro Calado, que falava à margem do ato que assinalou a estreia do sistema de abastecimento de GNL (Gás Natural Liquefeito) no Porto do Funchal com o navio “AIDAprima”, comentava, desta forma, as declarações do Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, após uma reunião com a companhia easyJet, o qual disse recear a saída da companhia britânica da rota para a Madeira.

Aos jornalistas, Pedro Calado disse que a Região está “há mais de um ano e meio à espera que o Governo da República consiga organizar uma reunião para nós discutirmos a revisão do subsídio de mobilidade. O ter sido marcada a reunião hoje, espero que não tenha sido apenas uma resposta politicamente correta ao facto de o Governo Regional ter já, na semana passada, solicitado que os assuntos com a Madeira fossem tratados com outra deferência, com outra atenção”.

“O que me surpreendeu muito hoje, na resposta, foi a grande preocupação do senhor ministro que teve com o facto de uma das empresas poder sair do mercado da Madeira, ou seja, é uma preocupação não com a solução, mas com um problema que eles próprios na República estão a criar à Madeira, ou seja, a Madeira tem criado todas as condições para ter estas companhias aéreas e muitas outras. O nosso problema não é ter capacidade de resposta. Nós queremos trabalhar com as companhias aéreas, seja a easyJet, a TAP, ou outra qualquer. Nós sempre dissemos que nós estamos disponíveis para encontrar soluções e estamos a querer encontrar caminhos que possam beneficiar os madeirenses e porto-santenses. E nós vamos fazer isso até à exaustão, sempre que nos for possível”, disse Pedro Calado.

Além disso, acrescentou ainda o Vice-Presidente do Governo, “o que eu estranho é que depois de estarmos um ano e meio a revindicar junto do Governo da República uma solução para a revisão do subsídio de mobilidade, hoje, em vez de nos trazerem soluções para essa questão nos venham por mais um problema em cima, ou até deixar transparecer para a opinião pública que afinal pode mais uma companhia aérea sair da Madeira”.

As companhias aéreas, tal como afirmou Pedro Caldo, não querem sair da Madeira. Conforme referiu, “a Região tem companhias que querem vir para a Madeira, querem operar na Madeira. E, portanto, o mercado da Madeira é um mercado apetecível, é um mercado positivo e é um mercado aberto a todos. Temos que encontrar soluções para resolver o problema do subsídio de mobilidade da TAP e de outras companhias. É para isso que nós precisamos do apoio do Governo Central, do Governo da República. Agora, se esse apoio for para trazer mais problemas para a Madeira nós não precisamos do apoio da República. Se for para nos ajudar a encontrar soluções, estamos perfeitamente disponíveis para trabalhar em conjunto”.

A solução, disse, “tem de ser estudada com as entidades responsáveis. Já temos reuniões marcadas com várias entidades, com várias companhias aéreas. Nós vamos passar da teoria à prática. Vamos sentar, conjuntamente, com essas entidades e vamos estudar pormenorizadamente o que é que vamos fazer para resolver as questões que estão em cima da mesa. Agora, essas soluções têm de ser sempre em função daquilo que os madeirenses necessitam. Se for uma boa solução para a Madeira e para os madeirenses nós estamos lá desde a primeira hora. Se for arranjar problemas como o senhor ministro, enfim, hoje, tentou passar essa imagem, nós para esse tipo de questões não estamos disponíveis”.

Para Pedro Calado, “a solução ideal é ter preços mais baratos – que já o conseguimos –, é termos um madeirense a pagar única e exclusivamente o valor dos 86,65 euros, com o subsídio de mobilidade. Essa é que é a grande preocupação dos madeirenses e foi esse o compromisso que o Governo Regional assumiu com os madeirenses. É fazer com que paguem o menor valor, que tenham mais capacidade de oferta em termos de lugares, mais companhias aéreas e é isso que nós temos estado a fazer. Agora, fazer uma revisão subsídio de mobilidade já não depende da Madeira. Depende do Governo Central. O Governo da República em vez de encontrar soluções e de nos chamar para a mesa de negociação para resolver os problemas ainda traz mais um problema. Portanto, nós não temos disponibilidade para a estar a estudar mais problemas, mas temos disponibilidade para estudar soluções”, rematou o Vice-Presidente.

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