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Embarcações de pesca recebem bandeira por recolherem lixo do mar

Um total de 11 embarcações de pesca da Região içaram esta sexta-feira a bandeira “OceanLit”, símbolo de que devolvem todo o lixo produzido a bordo e procedem à recolha do lixo que encontram durante a atividade piscatória e a navegação, em especial os materiais das artes de pesca que são deixados à deriva no mar. 13-05-2022 Mar e Pescas
Embarcações de pesca recebem bandeira por recolherem lixo do mar

As 11 embarcações são “as primeiras de muitas” que o secretário regional de Mar e Pescas espera que venham a aderir ao projeto, que tem como principal foco os pescadores e armadores, a quem foram ministras várias ações de formação, nos últimos seis meses, com o propósito de os tornar “agentes ativos no combate à despoluição dos mares, na recolha dos lixos e na preservação dos ecossistemas”, conforme referiu Teófilo Cunha.

 

O governante fez questão de mencionar que os “pescadores e armadores têm de ser os primeiros interessados neste projeto porque o mar é o principal meio de subsistência deles e das famílias”, avisou que “não podemos continuar a fazer do mar um depósito de lixo”, enalteceu a adesão de mais de 40 pescadores e armadores, nesta primeira fase, e reconheceu o trabalho de todos os técnicos das duas direções regionais, a das Pescas e a do Mar, responsáveis pela formação ministrada.

 

Nos primeiros meses deste ano, já foram recolhidas cerca de duas toneladas de artes de pesca encontradas à deriva nas águas marítimas da Região, mas também garrafas, plásticos e pneus. Faz parte deste projeto co-financiado em 85% pela União Europeia, através do Programa INTERREG MAC 2014-2020, do FEDER, a colocação nos portos de pesca do Funchal, Caniçal, Porto Monos, Paul do Mar e Porto Santo de contentores específicos para a receção de lixo marinho associada à atividade da pesca.

 

Foram produzidas bandeiras, a serem colocadas nas embarcações como símbolo que a embarcação é um agente ativo e que adota boas práticas ambientais.

 

Numa perspetiva de economia que se quer cada vez mais circular, pretende-se enviar os resíduos rececionados para o continente, pois ainda não há um operador regional para este tipo de resíduo.

 

As políticas relativas à gestão de resíduos têm evoluído no sentido de proteger e melhorar a qualidade do ambiente e do mar, de que é exemplo a entrada em vigor de legislação relativa aos meios portuários de receção de resíduos provenientes de navios, onde se inclui as embarcações de pesca, decisão que assume caráter obrigatório apetrechar os portos de pesca com unidades de depósito e armazenagem deste tipo de materiais.

 

 

 

 


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