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Praias madeirenses com baixa concentração de microplásticos

Resultados preliminares de um estudo que envolve os arquipélagos da Madeira, Açores, Cabo Verde e Canárias foram divulgados no Funchal. 10-02-2023 Mar e Pescas
Praias madeirenses com baixa concentração de microplásticos

O secretário regional do Mar e das Pescas, Teófilo Cunha, sublinhou esta quinta-feira a importância dos agentes políticos ouvirem os cientistas, antes de tomarem decisões. 

“O contributo do conhecimento científico é fundamental, porque vai nos dar a nós, políticos, os instrumentos e as bases, para que possamos tomar as melhores decisões”, disse Teófilo Cunha aos jornalistas, à margem da conferência de apresentação dos resultados preliminares do projeto IMPLAMAC, que decorreu no Funchal.

 

A investigação, que efetuou um levantamento exaustivo da presença de microplásticos nas praias dos arquipélagos da Madeira, dos Açores, das Canárias e de Cabo Verde, foi coordenada pela Universidade de La Laguna e teve como parceiros na Região a Direção Regional do Mar e a ARDITI - Agência Regional para o Desenvolvimento da Investigação, Tecnologia e Inovação. A Direção Regional dos Assuntos do Mar (Açores), a Universidade de Las Palmas (Gran Canaria) e a Universidade de Cabo Verde são também parceiros do projeto.

 

O secretário regional mostrou-se satisfeito com os primeiros resultados divulgados, que indicam que as praias da Madeira não apresentam uma concentração excessiva de microplásticos, quando comparado com os outros arquipélagos da Macaronésia estudados: Açores, Cabo Verde e Canárias. “O mais importante é ouvir o que os cientistas dizem sobre esta matéria, e ter em consideração que os estudos que existem são inconclusivos sobre os efeitos que os microplásticos têm no corpo humano”, referiu, acrescentando que a presença da Madeira neste projeto, enquadra-se no compromisso do Governo Regional na proteção dos Oceanos.

 

Exemplo, é o trabalho de dinamização e sensibilização que a Direção Regional do Mar tem realizado junto das Escolas Azuis da Madeira, através de palestras sobre o lixo e o microlixo e o seu impacto na biodiversidade marinha.
Com um orçamento de 1,3 milhões de euros, o IMPLAMAC, que arrancou em 2020, vai monitorizar 46 praias dos quatro arquipélagos da Macaronésia até ao final do ano.  

 

Os primeiros resultados divulgados são positivos para a Madeira. Javier Hernández Borges, investigador e professor da Universidade de La Laguna, e coordenador do estudo, explicou que na Região foram estudadas sete praias, quatro na ilha da Madeira (Praia Formosa, Prainha, Maiata e Seixal) e três no Porto Santo (Calheta, Vila e Docas). As que registaram maior quantidade, mas não em excesso, foram as do Seixal e Maiata e a das Docas.  

 

Os microplásticos são pedaços de material plástico com uma dimensão entre um e cinco milímetros, cuja presença nos oceanos é cada vez maior. 

 


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