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Aquacultura com monitorização ambiental permanente

A Madeira é a primeira região do país a implementar um programa de monitorização ambiental para a aquacultura. Análises serão feitas por empresas externas certificadas e os resultados divulgados publicamente. 10-03-2023 Mar e Pescas
Aquacultura com monitorização ambiental permanente

É uma medida inédita no país e vai reforçar a confiança no setor da aquacultura regional. As explorações de aquacultura na Madeira passam a estar sujeitas ao Programa de Monitorização Ambiental (PMA), que irá monitorizar periodicamente os impactos ambientais e socioeconómicos da atividade. Os resultados das análises, que serão feitas semanalmente, semestralmente ou anualmente, de acordo com as dimensões das explorações, a sua capacidade produtiva e os parâmetros a monitorizar, serão publicados no portal Mar Madeira (marmadeira.madeira.gov.pt).


“O Programa de Monitorização Ambiental vem reforçar o compromisso deste Governo Regional com o desenvolvimento de uma aquacultura sustentável e ambientalmente enquadrada”, explicou esta sexta-feira o secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, à entrada para o Workshop Participativo - Aquacultura na Região Autónoma da Madeira, onde as novas diretivas foram apresentadas aos empresários do setor.


A Madeira, continuou Teófilo Cunha, não só é a primeira região do país a implementar este programa de monitorização ambiental, como irá disponibilizar semestralmente ou anualmente, de acordo com as dimensões das explorações e os parâmetros a analisar, os resultados das monitorizações, para consulta generalizada. 


“Os relatórios vão disponíveis no portal Mar Madeira, para todos poderem consultar”, acrescentou, dizendo que se tratam de “medidas concretas e efetivas”, que vão contribuir para desmistificar algum preconceito que ainda existe em relação a esta indústria, que representa 8,4 milhões de euros anuais para a economia regional e dá emprego a 70 pessoas.


A monitorização dos parâmetros exigidos pelo PMA será feita por empresas externas certificadas, que vão incidir tanto à superfície e como no fundo, numa abordagem visual (estado das redes e restantes equipamentos; limpeza das águas e manutenção) e também físico-química e biológica: nível de oxigénio, salinidade da água, sólidos suspensos e dissolvidos, temperatura, pH e biomassa, entre outros parâmetros.


O workshop, que contou com a presença de técnicos e empresários do setor, está enquadrado no projeto MSP-OR, que apoia as regiões ultraperiféricas europeias dos Açores, Canárias, Madeira e Guiana Francesa na implementação da Diretiva do Ordenamento do Espaço Marítimo da União Europeia.


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