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Madeira com reservas de pescado suficientes para o abastecimento das populações

O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, diz que a Região tem pescado em reserva “suficiente para satisfazer as necessidades de consumo das populações”, num período de tempo muito para além do “Estado de Emergência” decretado para combater a pandemia planetária do Covid-19. 20-03-2020 Mar e Pescas
Madeira com reservas de pescado suficientes para o abastecimento das populações

O secretário regional de Mar e Pescas, Teófilo Cunha, assegura que a Região tem pescado em reserva “suficiente para satisfazer as necessidades de consumo das populações”, num período de tempo muito para além do “Estado de Emergência” decretado para combater a pandemia planetária do Covid-19.

O governante, na companhia do director regional de Pescas, Rui Fernandes, contactou ao longo desta semana pescadores e armadores para fazer um ponto da situação do sector das pescas, considerando o “Estado de Emergência” vigente no país e nas regiões autónomas.  O atum e o peixe-espada-preto existentes no Entreposto Frigorífico do Funchal permitem ao tutelar do Mar e Pescas tranquilizar as populações e assegurar que “há peixe em quantidade para as necessidades de consumo”.

Não obstante, os condicionamentos resultantes da alteração social em que se encontra o País e a Região estão a ser sentidos pelos pescadores. “As informações que temos dos três principais operadores de pesca da Região é que já registam quebras nas vendas na ordem dos 70 a 80%”, afirma Teófilo Cunha. “Estes números referem-se à exportação, que é o maior volume de negócios dessas três empresas.”

Na prática, os pescadores estão eles próprios a tomar a iniciativa de não se fazerem ao mar para evitarem terem de ficar sem espaço para conservar o pescado. “Não havendo vendas para o exterior, o consumo interno é de 20 a 30 por cento”, refere o governante.

Com a safra do atum à porta, Teófilo Cunha lembra que sem escoamento do pescado armazenado, a capacidade de conservação nas lotas e entrepostos frigoríficos “fica limitada”, pelo que aconselha ao “bom senso” dos pescadores, em face da situação de emergência em que se encontra a Região e o País.

 

Teófilo Cunha nota que questões como a limitação do horário de funcionamento dos mercados, restrições nos horários das grandes superfícies e encerramento da restauração fazem parte do “Estado de Emergência e vão ter impacto no consumo de pescado. “Quando os próprios players do mercado dizem que não podem vender o peixe porque está tudo fechado, muito provavelmente também não vão comprar, por isso o conselho que dou é aguardar e esperar para ver como é que o mercado se irá regular.”

Dos contactos mantidos com armadores e pescadores, o governante diz que eles próprios “estão conscientes” da situação em que nos encontramos, “têm revelado sentido de responsabilidade” e até “medo” de irem para o mar”.

“Estamos a falar de cinco/seis ou até dez pessoas confinadas a um pequeno barco sem condições para os procedimentos que devem ter, no caso de algum deles apresentar sintomatologia de estar infectado”, sublinha.

Teófilo Cunha não descartou a possibilidade de o Governo Regional vir a conceder apoios aos pescadores, decisão que deverá ser tomada no quadro dos programas específicos que estão a ser preparados pela Região, o Estado português, a UE e as instâncias internacionais.

 


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