O presidente do Governo Regional reuniu, hoje, na Quinta Vigia, com representantes da comunidade ucraniana na Região e dos cerca de 60 turistas ucranianos que não regressaram ainda ao seu país.
Recorde-se que estes 60 ucranianos que ainda se mantêm na Região faziam parte de um grupo maior, de 189 turistas, que ficaram retidos na Região, na sequência do conflito na Ucrânia. Na sua maioria, entretanto, já viajaram, da Madeira para países limítrofes à Ucrânia. Mas, 60 optaram por continuar por cá.
Destes 60, com efeito, conforme acentuou Miguel Albuquerque, no final da audiência, a maioria quer continuar na Madeira. O Governo Regional, sublinha, vai apoiá-los nessa sua intenção de ficar por cá, ajudando na sua integração e na sua vivência confortável na nossa terra.
«Estamos, neste momento, a fazer todas as diligências no sentido destes cidadãos ucranianos receberem o estatuto de proteção. É uma situação burocrática, fácil de resolver junto do SEF. E depois vamos apoiá-los ao nível do emprego e no sentido de se sentirem confortáveis e estarem integradas na nossa região», sublinhou.
O governante lembrou ainda que a Ucrânia é, neste momento, um país devastado, devido «a esta atitude criminosa de um estado terrorista, que está a massacrar civis inocentes».
O líder madeirense diz que os cidadãos ucranianos que ficaram por cá «percebem que podem ficar aqui, na Madeira, e que terão todo o nosso apoio, do Governo e da nossa sociedade, porque nós somos pessoas civilizadas».
«Vamos garantir-lhes que podem ficar na Madeira, contribuindo com o seu trabalho e a sua vivência, também para o desenvolvimento da Madeira», reforçou.
Miguel Albuquerque diz que a Região vai encontrar solução para o seu alojamento e ainda proceder à recolha das suas aptidões profissionais e de onde pretendem ser integrados.
Esta recolha de informação começa na sexta-feira…. Logo que esteja concluída a atribuição do estatuto de proteção a todos.
O presidente do Governo Regional apelou ainda aos empresários que necessitam de mão-de-obra que contactem com a Segurança Social caso estejam interessados na sua contratação. E recordou que todos os ucranianos que ficaram cá retidos falam inglês, bem como lembrou que os ucranianos têm uma grande facilidade na aprendizagem do português.