Miguel Albuquerque enalteceu a obra realizada, sublinhando as vantagens para a população.
Aos jornalistas, reforçou esperar que a Madeira sinta menos os efeitos da crise, em todos os sectores, do que o País e lembrou que serão devolvidos à população 95,8 milhões de euros, no próximo ano.
O líder madeirense disse ainda que já era esperada este aumento abrupto das taxas Euribor e que foi por usso mesmo que ontem, em Conselho de Governo, foi aprovado o programa Reequilibrar, «no sentido de as famílias madeirenses, quando a taxa de esforço do crédito excede o limite do razoável, poderem socorrer-se do IHM para ajudarem a pagar a sua prestação aos bancos».
«Os apoios vão até 200 euros, o que é uma ajuda muito importante para as famílias que sejam apanhadas por esta subida das taxas de crédito à habitação. O programa pode vir a ser reforçado», salientou.
O governante foi ainda novamente questionado sobre a greve na TAP, tendo sublinhando que aquela companhia, «felizmente, começa a ter cada vez menos importância para a Madeira», lembrando existirem mais 34 companhias, com 90 rotas, a operarem. A TAP continua, recordou, é a ter um papel importante no mercado nacional, sobretudo no transporte de locais.
Lembrou ainda que a TAP já custou aos portugueses mais de 3 mil milhões de euros e esse custo deverá, em breve, chegar aos 4 mil milhões de euros….
Paralelamente, realçou que a companhia, neste momento, não tem capacidade concorrencial para entrar nos mercados da África do Sul e da Venezuela.
Face a este panorama, prevê que se vá privatizar a TAP por um preço muito mais baixo e que Portugal e os contribuintes portugueses muito dificilmente irão recuperar o dinheiro que lá meteram
«E que ninguém pense que a companhia que comprar a TAP, por um preço quase dado, vai continuar com o hub em Lisboa para o mercado sul-americano», adiantou.
Portanto, opinou que «é um processo malconduzido, errado, que resulta de dogmas ideológicos que fazem com que as pessoas não olhem para a realidade e olhem para a teoria».
À margem, disse também que o Governo está a estudar uma solução definitiva para a consolidação da escarpa da Calheta, anunciando que aquela e outras escarpas a consolidar deverão fazer parte de candidatura ao próximo Quadro Comunitário de Apoio.
«Já gastámos uns bons milhões de euros e continuamos a trabalhar no sentido de consolidar aquela falésia, agora mais a oeste. A zona leste já está consolidada, com investimentos substanciais do Governo. O LREC está a realizar os estudos referentes à área onde decorreu a última derrocada, para ver o que precisamos de fazer», resumiu.
A outro nível, garantiu que a construção do campo de golfe na Ponta do Pargo será uma realidade e que o Governo vai vender a parte que se destina ao sector imobiliário de modo a custear a obra, na ordem dos nove milhões de euros. Depois, será aberto concurso para a exploração/gestão do espaço.