O diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, recebeu esta semana, (dia 15 de abril), no Palácio do Governo, uma família de lusodescendentes de Trinidad e Tobago, que estão de visita à Madeira, pelos laços ancestrais que os unem à Região.
Rui Abreu destaca a “proximidade” entre os descendentes de madeirenses e a Madeira. “É sempre interessante constatar que os laços que nos unem são sempre mais fortes do que a distância e o tempo que nos separa”, disse.
“É aquilo a que chamamos de ‘Madeirensidade’: são os nossos valores, as nossas tradições, a nossa gastronomia, a nossa entidade cultural, que os nossos conterrâneos carregam e passam de geração em geração, nos países de acolhimento. É isto que os faz querer visitar e revisitar a Madeira, como é o caso desta família que hoje [quinta-feira] nos visitou”, disse.
Rui Abreu sublinha a importância da aposta no Turismo de Emigração. “Este é um nicho de mercado importante para a economia regional. Para além dos nossos emigrantes que vêm todos os anos à Região, especialmente durante as férias de verão, também temos muitas famílias de segundas, terceiras e quartas gerações que visitam a Madeira com regularidade”.
Robert e Carolina Ferreira, as filhas, Laura e Rebecca, e os filhos não escondem a emoção de estarem novamente a Terra dos avós e bisavós. O avô de Robert Ferreira é natural de São Roque, e a mãe de Carolina Ferreira é natural de São Pedro.
Já passaram várias décadas desde que o avô de Robert e a mãe de Carolina chegaram às Caraíbas. Robert e Carolina Ferreira e os filhos pertencem às segunda, terceira e quarta gerações de descendentes de madeirenses que chegaram a Trinidad e Tobago, nas décadas de 40 e 50 do século passado. Ainda assim, não escondem o orgulho que têm nas suas raízes, nem a emoção que sentem sempre que estão de volta à Madeira.
A história da família está ligada ao Museu Frederico de Freitas. O Museu foi a casa onde viveram o tio-avô e a mãe de Carolina Ferreira. Sobre esta ligação, Rebecca Ferreira, filha de Carolina, diz o seguinte: “Visitei o Museu com a minha mãe, em 2009, e foi uma experiência muito emotiva. Eu era muito próxima da minha avó e da minha tia, que, na infância, brincavam muito naquela casa e passavam-nos essas memórias. Também a minha mãe passou muitos verões da sua infância naquela casa, hoje transformada em museu”.
Rui Abreu alerta que esta proximidade aumenta quando as gerações mais velhas passam estas memórias para as gerações mais novas.
No entanto, alerta que “cabe agora às segundas, terceiras e quartas gerações assumirem o papel de transmitirem as memórias, os valores, a história e a identidade cultural madeirenses aos mais jovens”.
Da parte do Governo Regional da Madeira, garante que “no que respeita à Diáspora Madeirense o trabalho de proximidade será sempre uma prioridade”.