“A Madeira tem as suas contas públicas controladas como é do conhecimento de todos”. Foi assim que o Presidente do Governo Regional da Madeira começou por responder às declarações do Primeiro-Ministro, proferidas no final do debate mensal, na Assembleia da República. Para Miguel Albuquerque, “o ataque de ontem, do Primeiro-Ministro, é a todos os títulos lamentável, mas isso só prova o que nós dissemos desde a primeira hora: o objetivo deste Primeiro-Ministro não é resolver os problemas da Madeira, mas, sim, desenvolver uma agenda política de tomada de poder na Região, a qualquer preço.” O Presidente do Governo Regional da Madeira vai mais longe e argumenta: “O défice da Madeira é baixo, mas podia ser mais baixo se a República não estivesse a lucrar 12 milhões de euros por ano, ao cobrar juros mais altos do que aquele a que se financia. 12 milhões é o que vamos gastar para construir a Escola da Ribeira Brava e do Porto Santo. O défice da Madeira é baixo, mas podia ser mais baixo se o Madeirenses não estivessem a suportar os custos dos subsistemas de Saúde, que são uma responsabilidade da República. Hoje, já ultrapassam os 16 milhões de euros. É quase a verba que a Região investiu para as expropriações e projetos para o novo Hospital. O défice da Madeira é baixo, mas podia ser mais baixo se o Governo de António Costa pagasse as dívidas fiscais de 33 milhões à Região.” Miguel Albuquerque lembrou ainda que quem levou o país à bancarrota foi um governo do Partido Socialista, “do qual este Primeiro-Ministro fazia parte”.