Em 1986 estando como Diretor de Serviços de Planeamento da Educação, tive como incumbência tomar conta e reorganizar o CFPM, tendo-o feito cumulativamente, durante ano e meio, após o que assumi a sua Direção. Deparou-se uma situação de carência de pessoal, em várias áreas e não apenas na de formação.
Além disso era gritante a falta de equipamentos, nomeadamente informáticos, que nos impediram, de início, de dar respostas rápidas às solicitações.
Por outro lado, os formandos do Centro não eram absorvidos pelas empresas e até eram rejeitados, em certas áreas.
Anos mais tarde esta situação, felizmente, inverteu-se e os empresários passaram a receber os jovens para estágios, mantendo-os ao serviço, integrados nos seus quadros, em percentagens que chegaram a atingir os 86%.
A partir do Quadro Comunitário de Apoio de 1989/1993, a gestão do Fundo Social Europeu foi integrada nas competências da Direção Regional de Formação Profissional e o Fundo Social Europeu (FSE) permitiu que a reestruturação feita tenha sido ambiciosa, apesar de realista, face ao que pretendíamos, ou seja, ampliar as áreas de Formação e que os jovens formandos fossem aceites pelas empresas para estágio e os empregadores tivessem vontade de ficar com os mesmos formandos, nos seus quadros, considerando-os um bom investimento.
Houve um enorme aumento de cursos realizados no Centro. Cumulativamente, os jovens que pretendiam outro tipo de curso, para os quais o Centro ainda não estava vocacionado, tiveram possibilidade de os realizar nos Centros do Continente, mediante protocolos efetuados.
Tais fatores proporcionaram uma elevação enorme do ânimo dos monitores e restantes formadores, que viram o seu esforço de trabalho ser altamente apreciado e valorizado.
Trabalhar no Centro passou a ser “bem visto”, desejado e o trabalho dos jovens formandos apreciado.
O convívio interno passou a ser uma “regra” e a grande maioria dos funcionários passou a praticá-lo com prazer, especialmente nos passeios, rally-paper e outras manifestações de convívio, que entretanto foram organizadas.
Passaram-se 40 anos e o que venho rever, com muita satisfação e orgulho, é um local onde todos se entendem, se dão bem e têm como objetivo que, cada funcionário e/ou formando sintam alegria no que fazem e orgulho dos cursos que realizam.
Bem hajam todos os que aí trabalham e trabalham para a elevação e dignificação do Ser Humano, na sua escalada do conhecimento, realização pessoal e bem-estar.
Assim, a Vida, tem mais sentido.