Optei pelo ensino profissional porque senti que no ensino regular iria demorar demasiado tempo a conseguir ser uma profissional formada. Sempre fui muito impulsiva na tomada de decisões e com necessidade de colocar em prática aquilo que aprendo ou depreendo dos ensinamentos, visto ser criativa. O Curso de Cabeleireiro permitia-me tudo isso e um pouco mais, foi uma arte que vim a descobrir e que me fascinou desde o início até ao fim. Cada dia de formação era uma descoberta.
Sim participei, e agradeço muito ter tido essa oportunidade. Foi muito enriquecedora, conhecemos a zona de Marseille, na França, visitámos e tivemos formação no Centro de Formação ESFORA- Chambre de Métiers et l`Artisanat de La Vendée, localizado em La Roche sur Yon, junto com as turmas de cabeleireiro e foi-nos dada a hipótese de fazer a Formação Prática em Contexto de Trabalho nas empresas. Eu fiquei na Praça Napoleão, no salão Benedit Bertrand, até hoje mantenho contacto com a minha mentora, fizemos uma amizade muito bonita, e saí de lá com um convite para voltar. Fomos muito bem recebidos e fizeram sempre o esforço de nos indicar ou levar a pontos turísticos.
O leque de empresas da nossa Região, que acolhe os formandos e formandas em Formação Prática em Contexto de Trabalho é muito variado e desempenha um papel muito importante na integração dos e das aprendizes. Nas empresas colocamos em prática o que aprendemos na formação, temos a primeira interação com o stress do mundo do trabalho e com a necessidade de aprovação e exigência do cliente. Cada trabalho executado nessa fase, passa a ser influenciado, não só por nós, mas também pela ideologia e métodos defendidos pela empresa em questão e pelo cliente final. Compreendemos a necessidade de agradar e de ser competentes nos trabalhos executados, e colocamos ainda em prática, estratégias de comunicação para melhor compreender o cliente.
A minha experiência como formadora tem sido espetacular. Tinha como objetivo futuro chegar um dia a ser formadora, pois admiro os formadores que por mim passaram e tenho muito carinho por eles, acho que são os maiores “culpados” por me querer tornar formadora. Estar deste lado é muito interessante e desafiante, agora entendo e sinto o mesmo que eles sentiam enquanto formadores. Por vezes, quando estou com o grupo de formandos/as revivo e recordo situações da minha época de formanda e quase que consigo prever as reações por parte dos formandos e formandas, visto já ter estado no lugar deles há algum tempo. Acho que isso me aproxima deles, para além de que a diferença de idade é muito pouca, o que facilita a dinâmica da formação, acho que não poderia ter tido melhor grupo para iniciar a carreira como formadora. A idade é só um número, e não dita a infinidade de experiências e vivências que podem passar por nós!