A coesão social, a democratização e a inclusão educativas (isto é, a participação na educação, na escola e na aprendizagem) constituem parâmetros que guiam as políticas e as práticas socioeducativas orientadas para a superação do insucesso e abandono escolares.
Não obstante, o conhecimento e o debate científicos e educativos abrem espaço e desafiam os investigadores e profissionais a questionar as bases teóricas e empíricas dessas políticas e práticas e a discutir o seu contributo para a compreensão dos processos político-pedagógicos e educativos envolvidos.
Nesta sessão pretende-se analisar esse painel alargado de práticas socioeducativas ― desenvolvidas em diversos contextos geográficos no âmbito de programas nacionais baseados na escola ou na comunidade ― para debater em que termos essas políticas e práticas socioeducativas chegam a:
- • (i) mitigar ou superar certos efeitos de condições estruturais e desvantagens socioeducativas, também fabricadas pelo sistema educativo e outras poderosas instituições;
- • (ii) influenciar a capacidade institucional de efetivamente contribuir para a construção pelos sujeitos de percursos académicos suscetíveis de alargar as oportunidades de vida de certos públicos em desvantagem face à escolarização. Discutem-se também as relações entre as práticas socioeducativas inclusivas e as comunidades de prática e de aprendizagem dos profissionais envolvidos, ou seja, os modos como se retroalimentam, se fertilizam ou se tornam interdependentes.
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