O Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, manifestou-se convencido, na sua intervenção, na cerimónia das 500 Maiores Empresas, de que, já no próximo ano, a Madeira iniciará a recuperação económica, tendo por base, não só o seu tecido empresarial, mas também a tomada de decisão política.
“Como, aliás, é do conhecimento público, vamos fazer uma aposta decisiva na redução, no limite dos 30%, quer no IRC, quer na derrama, e nos dois primeiros escalões do IRS”, indicou Miguel Albuquerque, aludindo ao Orçamento da Região para 2021.
“Vamos fazer mudanças substanciais, dentro do quadro legal nacional, no Código de Investimento, depois de auscultarmos a maioria das empresas. E vamos proceder a um conjunto de mudanças a nível da própria estrutura regional, no sentido de garantir que a economia da Madeira continua a competir em mercado aberto, a crescer no mercado global e, obviamente, a apostarmos nas nossas singularidades”, prosseguiu.
Neste âmbito, o Chefe do Governo disse que a Região gostaria de contar com o país. Contudo, ressalvou que, se o país não quiser – por razões de contexto político – fazer as mudanças necessárias para crescer economicamente, enriquecer e melhorar o rendimento das famílias portuguesas, a Madeira e o Porto Santo não ficarão dependentes e em estagnação, e prosseguirão na busca de soluções heterodoxas, através de reivindicações políticas contundentes.
“A economia mundial está a evoluir de uma forma aceleradíssima. E se nós não avançamos nas mudanças essenciais que temos de fazer, no contexto da nossa economia, ficamos para trás, empobrecemos e quem vai pagar muito caro são os nossos filhos e os nossos netos”, disse.