Pesquisar

Governo da Madeira investe em projecto científico para estudar o mar profundo

No total, estão previstos 10 mergulhos com recurso a um submarino, designado “Lula 1000”, que tem capacidade para descer até aos 2.000 metros com tripulação de três pessoas e está equipado para a captação de vídeo e áudio de alta qualidade. 11-09-2019 Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas
Governo da Madeira investe em projecto científico para estudar o mar profundo

O Governo Regional da Madeira tem a decorrer um projecto científico, designado “Madeira Mar Profundo”, para investigar a biodiversidade e a geodiversidade, até agora pouco conhecidas, do oceano ao redor da ilha, indicou hoje a secretária do Ambiente.

“O mar da Madeira é o mais profundo de Portugal e nem por isso é muito bem conhecido, pelo que estamos empenhados em conhecê-lo”, explicou Susana Prada, em conferência de imprensa, no Funchal.

O projeto “Madeira Mar Profundo” teve início em agosto e está a cargo de uma equipa da Fundação Rebikoff.

No total, estão previstos 10 mergulhos com recurso a um submarino, designado “Lula 1000”, que tem capacidade para descer até aos 2.000 metros com tripulação de três pessoas e está equipado para a captação de vídeo e áudio de alta qualidade.

“O edifício vulcânico que forma a Madeira tem 6.000 metros de altura, desde o fundo do oceano Atlântico até ao Pico Ruivo [1.862 metros]”, disse Susana Prada, realçando que a parte emersa está bem estudada, o que já não acontece com a área imersa.

“Conhecemos muito mal tudo o que se passa dos zero aos 4.000 metros de profundidade”, sublinhou.

O “Madeira Mar Profundo” é um projeto do Governo Regional, orçamentado em 170 mil euros e cofinanciado pela União Europeia (85%).

Foram já realizados dois dos 10 mergulhos que estão previstos e que vão ocorrer em quatro áreas: Ribeira Brava (zona oeste), Funchal, Machico (zona leste) e entre a Ponta de São Lourenço, na extremidade leste da ilha, e as Desertas, localizadas a cerca de 40 quilómetros.

“Acreditamos que a biodiversidade e a geodiversidade desde o zero aos -4.000 metros seja tão ou mais importante, mais relevante, do que aquilo que já conhecemos em terra e tornam a ilha uma referência ao nível da Macaronésia”, afirmou Susana Prada.

Anexos

Descritores

Este sítio utiliza cookies para facilitar a navegação e obter estatísticas de utilização. Poderá consultar a nossa Política de Privacidade aqui.