O presidente do Governo Regional fez questão hoje de reiterar o seu apoio político ao Centro Internacional de Negócios e às empresas que ali estão instaladas. Miguel Albuquerque falava durante uma visita que realizou, nesta manhã de sexta-feira, às instalações da Saipem Portugal, localizadas na Zona Franca do Caniçal.
A Saipem (Portugal) – Comércio Marítimo foi constituída em dezembro de 1994. Está integrada no Grupo Saipem, um dos líderes mundiais na área da perfuração, engenharia, compras, construção e instalação de oleodutos e grandes instalações no setor do petróleo e gás no mar e em terra, com forte orientação para atividades em ambientes difíceis, áreas remotas e águas profundas.
Hoje, falando aos jornalistas, o líder madeirense explicou que a visita se insere no roteiro que está a realizar junto das empresas madeirenses, para auscultar, junto dos administradores e dos trabalhadores, como é que está a decorrer a atividade.
No caso da Saipem, pôde constar «que está a correr muito bem».
Para além deste objetivo comum nas visitas a todas as empresas, Miguel Albuquerque disse ainda querer, com a sua deslocação à Zona Franca, demonstrar que existem nesta empresa cerca de 500 trabalhadores, dos quais 108 jovens da Madeira.
«Portanto, aquelas teorias de pessoas que andam por aí a dizer que a Zona Franca da Madeira, são falsas. Só aqui nesta empresa temos 108 quadros da Madeira, bem remunerados, a trabalhar. Vim aqui constatar que esses postos de trabalho existem, fisicamente, ao contrário das mentiras, das barbaridades e dos disparates que andam a dizer há muitos anos contra o Centro Internacional de Negócios», sublinhou.
Miguel Albuquerque disse ainda que a sua presença naquela empresa é ainda uma manifestação do seu apoio político «à continuação do CINM e ao desenvolvimento da atividade deste género de empresas, que estão a internacionalizar a economia da Madeira e a nacional».
E, acrescentou, «o que a Madeira e o País precisam são mais empresas destas, que venham criar postos de trabalho bem remunerados e que tragam capital e, sobretudo, especialização no quadro das atividades comerciais, industriais e de serviços internacionais».
Questionado sobre o impacto da Zona Franca nas receitas fiscais da Madeira, o governante diz que ainda não são conhecidos os números referentes ao ano passado, mas que «a Zona Franca costuma render à volta dos 12,5% da receita fiscal da RAM». Ou seja, tem andado numa média de 104 a 108 milhões de euros anuais de receita fiscal. Portanto, «também é mentira quando dizem que as empresas da Zona Franca não pagam impostos».
No que se refere à impossibilidade de novas empresas se inscreverem na Zona Franca, Miguel Albuquerque defende que isso só se resolve mudando o Governo da República.
«Precisamos de um governo que apoie as empresas, que perceba que o dinheiro não nasce no meio das pedras e que para existir dinheiro, para redistribuir pelas pessoas, é preciso produção, é preciso criar riqueza e é preciso que as empresas privadas possam desenvolver as suas atividades», defendeu.