Miguel Albuquerque acaba de anunciar a instalação, no Madeira Tecnopolo, das novas sedes ARDITI e da Startup Madeira. Um anúncio feito no surgimento da intenção comunicada, nesta manhã de sexta-feira, de reforçar os programas de empreendedorismo desenvolvidos pela StartUp, sobretudo na área das novas tecnologias.
O presidente do Governo Regional falava no âmbito de uma visita que fez, hoje, ao Madeira Startup Retreat, o programa de aceleração internacional promovido pelo Executivo madeirense, que se realiza pelo quinto ano consecutivo e que se desenvolverá durante seis semanas (até 10 de junho), congregando onze startups internacionais, sedeadas em dez países.
Esta edição, cuja sessão de abertura decorreu hoje no Colégio dos Jesuítas, é dedicada ao empreendedorismo na área do turismo e lazer e conta com 31 empreendedores de 15 nacionalidades, dando-lhes a oportunidade de explorar, partilhar e potenciar os seus negócios na ilha da Madeira
Questionado pelos jornalistas, o presidente do Governo Regional sublinhou ser este evento «mais um passo na internacionalização da Madeira, da difusão da Região junto das empresas tecnológicas e dos novos empreendedores».
Miguel Albuquerque disse ser também «uma oportunidade para juntar os nossos jovens e os empreendedores ligados às tecnologias e acolher aqui novos produtos, novas soluções, promovendo o intercâmbio com os empresários do sector».
O governante confirma não só ir manter este tipo de programas, como inclusive reforçá-los, salientando ainda a importância para esse reforço de disponibilizar novas instalações, no mesmo espaço (Madeira Tecnopolo), para a ARDITI e para a Startup Madeira. A apresentação do novo espaço será realizada muito provavelmente durante o próximo mês.
Uma alteração que «irá permitir zonas de investigação com maior funcionalidade e mais amplas e irá permitir também que, na zona da Universidade, fique concentrada toda a área da investigação, possibilitando também o acolhimento de novos investigadores e de novos empreendedores».
Questionado sobre as vantagens que a Madeira tem para oferecer, nesta área, o líder madeirense sublinhou que a «grande vantagem da Regiãpo é ter um ecossistema que está criado, e que temos de aproveitar, relativamente às novas tecnologias».
«A pandemia acelerou a transição digital em três anos, aquilo que era expetável acontecer em cinco anos passou a ser realizado em dois anos. Houve uma aceleração monumental nesta área: basta ver o que se passa nas compras online, nas conferências à distância, etc», recordou.
Miguel Albuquerque realça que soubemos aproveitar bem estas circunstâncias, muito devido à sediação na Madeira dos chamados nómadas digitais e por termos começado com a StartUp já há muitos anos.
«Foi uma excelente visão do anterior Governo. Já na altura percebeu-se a vantagem do desenvolvimento das novas tecnologias na Madeira e que é a única circunstância que coloca a Madeira, ao nível da transição digital, numa situação de igualdade competitiva», elogiou.
Quanto a desvantagens, assume que é desvantajoso, não termos, ainda, em determinadas áreas empresariais, « escala para pagar a técnicos especialistas ao nível do que se paga nos EUA e nalguns dos países do centro da Europa».
Mas, contrapõe, «temos qualidade de vida, sossego e segurança, para além de um background em termos de serviço de Saúde muito importante».