A faixa “corta-fogo” terá uma área de 420ha (correspondente a 420 campos de futebol), e será uma zona de baixa combustibilidade. Nesta zona tampão, como explica Susana Prada, «os incêndios param por si só, extinguindo-se, ou ardem com intensidade baixa permitindo o combate célere».
Este projeto, com o valor global de 2.500.000,00€, vai para o terreno em duas fases. Numa primeira, com a duração de um ano e meio e investimento na ordem dos 1.800.000,00€, para além da aquisição de terrenos (670 mil euros), será construída uma rede de caminhos florestais, para acesso e criação de compartimentação da floresta, uma rede de água (800 mil euros), tanques(300 mil euros) e bocas de incêndio (30 mil euros).
Os trabalhos iniciar-se-ão com a retirada da vegetação combustível, eliminando as plantas invasoras, como os eucaliptos, as acácias, a giesta e a carqueja, depois terá lugar a abertura dos caminhos florestais, a construção dos tanques e das bocas de incêndio. Por último, serão plantadas espécies folhosas, com elevado teor em água como os castanheiros, carvalhos e as nossas plantas indígenas: loureiros, faias, uveiras e massaroucos. São espécies que ardem com dificuldade e onde o fogo se extingue ou arde com baixa intensidade. A segunda fase representará um investimento de 700 mil euros e será, essencialmente, para a aquisição de terrenos.
A governante remata dizendo que «hoje passámos da ideia à prática com a escritura do primeiro terreno que nos foi doado pela Empresa de Eletricidade da Madeira que, no âmbito da sua política ambientel, se quis associar ao GR neste projecto que visa aumentar a segurança da cidade do Funchal e da sua população».