Tal como afirmou Pedro Calado, “nós já deixamos a nossa posição bem vincada, já dissemos o que é que nós pretendíamos. A Assembleia da República e o Governo PS, em Lisboa, têm agora a responsabilidade de rever o Subsídio Social de Mobilidade e não vale a pena virem para aqui ministros ou secretários de Estado alegarem que o Governo A, ou o Governo B, que se disse isto, ou que se disse aquilo. Deixem-se de conversas e resolvam o problema”.
Conforme referiu, “têm lá o diploma legal, façam a revisão do subsídio de mobilidade e pronto. Agora, sem definir os preços que a TAP pratica para a Madeira, julgo que nem faz sentido estarmos aqui a falar em tetos para o subsídio de mobilidade. Enquanto não definirmos um preço correto e justo para o madeirense, não vale a pena estamos a falar em plafonds de subsídio de mobilidade, nem devia de haver plafonds”.
Além disso, acrescentou ainda Pedro Calado, “quando um Governo da República vem à Madeira, numa reunião com o Governo Regional, e, institucionalmente, faz depender uma revisão da taxa de juro a cobrar à Região da aceitação de um programa de subsídio de mobilidade, programa este que nem sequer está resolvido, porque está pendente, dado que os preços que a TAP pratica não estão de acordo com aquelas que são as nossas necessidades, não vale a pena sequer estar a falar em subsídio de mobilidade. Julgo que é mais uma tentativa política de tentar atirar para a frente uma resolução que já toda a gente percebeu que o Governo da República não quer resolver”.
Sobre o Tourism Innovation Challenge, promovido pela Startup Madeira, o vice-presidente focou o seu discurso na necessidade das empresas continuarem a apostar na inovação e no empreendedorismo, considerando que estas são duas das ferramentas ou estratégias para enfrentar o desafios deste mercado.
Pedro Calado aproveitou ainda para recordar a boa performance da economia Regional, que regista índices de crescimento há 63 meses consecutivos. Mas, tal como referiu, “isso não acontece por acaso, isto acontece porque temos estado a trabalhar em conjunto, isso acontece porque as empresas têm feito o seu trabalho, as entidades públicas também. Temos apoiado as empresas, mas mais importante do que isto é vermos que estamos a criar uma base sólida de crescimento económico, sobretudo na área do turismo”.
O governante diz que é também motivo de satisfação assisti a “um mercado que está a crescer 12% na área hoteleira. Tivemos, em 2017, o melhor ano de sempre na área do turismo, com um recorde de dormidas, de volume de negócios, de taxas de RevPar. Tudo isto é muito bom, mas incute-nos maior responsabilidade para podermos trabalhar com estas empresas privadas e incutirmos, também, esta necessidade de saber crescer, de fazer mais e melhor, mas fazer com qualidade, com inovação, com empreendedorismo”.