As intervenções a nível comunitário incidem na prevenção do consumo, visando uma determinada comunidade, ativando diferentes recursos para atingir esse fim, procurando o reforço das mensagens e normas da sociedade contra o abuso de álcool, tabaco e outras substâncias, bem como a promoção da saúde.
Esta atuação implica a mobilização de recursos e meios comunitários, através da participação de várias entidades (instituições públicas e privadas, associações, organizações, outras coletividades e grupos/ pessoas da comunidade) que devem acompanhar as diferentes fases de conceção e aplicação da intervenção: análise de necessidades e identificação das populações de risco; estabelecimento de metas e objetivos; planificação e estabelecimento de estratégias; identificação de recursos; criação de canais de comunicação; implementação; avaliação e revisão do programa em função dos resultados obtidos.
Quantos mais participarem - salvaguardando um adequado nível de coordenação - mais fácil será atingir o objetivo preventivo.
As vantagens referem-se à incidência num maior número de fatores de risco, uma melhor consistência das mensagens e da própria difusão ao dispor de mais "canais" de disseminação.
É fulcral dar a conhecer o trabalho desenvolvido, envolvendo a comunicação social na transmissão da informação pois será um fator favorecedor da mobilização e participação da comunidade.
De valorizar a potenciação das intervenções devido ao envolvimento de diferentes parceiros, conjugando saberes, práticas e recursos do trabalho em rede.
Ao longo de todo o processo,a intervenção preventiva deve ter em conta o empowerment dos intervenientes, incidindo na capacitação, através da formação destes agentes preventivos a nível de conhecimentos e estratégias para, posterior, aplicação junto da população.
Fontes:
- Becona "Bases científicas de la prevención de las drogodependencias". Plan Nacional sobre Drogas. Madrid 2002.
- Vilar G., Pissarra P., Frango P., Melo R. (2013) Linhas Gerais de Orientação à Intervenção Preventiva nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências. SICAD.
- WHO, 2000, in Matos, 2008. Consumo de substâncias - Estilo de Vida? À Procura de um Estilo? Instituto da Droga e da Toxicodependência.