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Plataforma continental continua por explorar
Presidente do Governo Regional falou da orientação atlântica como interesse nacional permanente
16-11-2018
Presidência
"Sempre que se fala de orientação geopolítica, nós estamos a falar da condução dos destinos do país para aquilo que são os nossos interesses", afirmou o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, num convite à reflexão na sua prelecção na abertura do Curso de Defesa Nacional.
Neste sentido, Miguel Albuquerque defendeu que o país enfrentará, em breve, com a saída do Reino Unido da União Europeia, uma profunda alteração geopolítica decorrente do enfraquecimento do peso dos países atlânticos no seio dos 28.
"[Portugal com a saída do Reino Unido] perde porque nós, como potencia média atlântica, precisamos da alavanca da grande potencia - o Reino Unido -, no contexto da União Europeia face à política centralista e continental que não é do nosso interesse enquanto Nação", sinalizou o líder do executivo.
Não obstante, tal alteração pode constituir, conforme defendeu o governante, uma oportunidade para Portugal.
Segundo o presidente do Governo Regional, Portugal tem hoje um dos principais recursos da Humanidade com uma riqueza incalculável - quase 4 milhões de quilómetros quadrados de plataforma marítima continental - por explorar, que confere ao país uma dimensão imensa a nível mundial.
A par da estratégia nacional para o mar, a qual deve ser colocada rapidamente em prática, Miguel Albuquerque apontou ainda potencialidades para o país associadas ao facto de 90% do comércio mundial ser feito por mar, bem como em matéria de revolução energética, operada nos Estados Unidos da América, - gás e petróleo de xisto - face à crescente dependência europeia do gás proveniente da Federação Russa.
"Isto é uma oportunidade também para um país como Portugal aproveitar a circunstância de ter uma plataforma continental imensa e ter todas as condições para criar um hub europeu de receção e distribuição de energia a partir do porto de Sines", prosseguiu.
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