Já
em abril deste ano, a secretaria regional de Mar e Pescas disponibilizou do
mesmo fundo 861 363,98 euros, somando, em 2020, um total de 2 milhões
670 mil euros. Estes apoios destinam-se a compensar os sobrecustos de produção
e comercialização das pescas da Região, reduzindo os custos da produção para as
empresas e permitindo que o produto chegue aos consumidores a preços mais
acessíveis.
“Numa
altura em que muito se debate a necessidade da Europa e Portugal reduzirem a importação
de pescado, o FEAMP assume como prioridade assegurar a sustentabilidade económica,
social e ambiental do setor das pescas e da aquacultura, aumentando o emprego,
a coesão territorial e a qualificação dos profissionais do setor”, lê-se na
edição de sábado do JM, matutino que fez manchete com este assunto, num
trabalho assinado pela jornalista Patrícia Gaspar.
“Entre
as seis áreas consideradas prioritárias pela UE, está a promoção de uma pesca
ambientalmente saudável, eficiente em termos de recursos, inovadora,
competitiva e baseada no conhecimento, assim como a promoção, comercialização e
a transformação dos produtos da pesca e da aquacultura”, explica o Jornal.
A
preservação dos recursos marinhos ganha todos os anos maior influência no seio
da UE. Existem cada vez mais organizações internacionais que estão na linha da frente
do combate pelo equilíbrio e a sustentabilidade dos oceanos, que pressionam as
entidades europeias e mundiais para a redução das capturas de peixe selvagem e
propõem alternativas como a aquacultura.
A
reportagem do JM nota que “apesar de Portugal dispor de uma das maiores áreas
marítimas, a produção mantém-se abaixo do necessário para equilibrar a balança
da importação e exportação de pescado”.
O
Governo português assumiu o objetivo de aumentar a produção de pesca e a
prática de aquacultura, mas para isso é também necessário, alerta a UE,
estimular e apoiar a investigação e a inovação.
De acordo com dados oficiais, em 2017 Portugal
importou do parceiro europeu Grécia dourada e robalo no valor de 90 milhões de
euros, montante superior à produção total de produtos de aquicultura nacional
realizados nesse mesmo ano, que foi de 83 milhões de euros.