Miguel Albuquerque diz que não arrisca um milímetro na defesa da Saúde Pública e da vida dos madeirenses e porto-santenses. E avisa: «Comigo não contem com situações de descontrolo, porque a mim não me falta coragem de tomar medidas». Neste sentido, anunciou hoje, durante a inauguração das obras de requalificação da Quinta do Furão, que, na próxima quinta-feira, serão tomadas novas medidas, a abranger, sobretudo, as equipas desportivas das modalidades que não o futebol e que obrigarão os atletas não profissionais a fazer dois testes e a uma quarentena enquanto não souberem o resultado do segundo teste. Falando no final da tarde desta segunda-feira, o presidente do Governo Regional diz que a preocupação cimeira do seu Executivo é «assegurar aquilo que é o mais importante, que é a salvaguarda da vida e da Saúde Pública dos madeirenses e porto-santenses». E diz que o objetivo passa por conciliar este desiderato com o de manter a Economia a funcionar, «para garantir o emprego, garantir o rendimento das famílias e garantir que continuemos, apesar das circunstâncias, na senda do desenvolvimento e do investimento». Para tal, frisou, tendo em conta a situação que se passa na Europa, com vários países a atingirem o pico de casos nos próximos meses, é fundamental «manter o controlo cada vez mais apertado de quem entra na Madeira». Recordando que, desde quinta-feira passada, essas entradas na Região começaram a ser muito mais controladas. – qualquer residente na Madeira que saia é obrigado quando regressa a fazer o teste – o governante avisou que «na próxima quinta-feira, vamos tomar medidas relativamente à prática desportiva das nossas equipas». «Mais importante do que praticar esse desporto é salvaguardar a segurança desses jovens e dos que com eles contactam. O objetivo é evitar a proliferação de surtos nos estabelecimentos de ensino e em outros locais muito delicados», explicou. À parte, Miguel Albuquerque explicou que o Marítimo e o Nacional já estão sujeitos a uma série de procedimentos, que envolvem quarentena e testes, pelo que não serão abrangidos pelas novas medidas. «O mais preocupante são as outras modalidades. Estamos a trabalhar com as várias federações para chegarmos a um entendimento», disse. E concluiu: «Vou tomar todas as medidas que forem necessárias». Quanto ao aumento de casos, disse que era já esperado, atendendo a que o fluxo de pessoas que chegam à Madeira aumentou substancialmente. E reiterou a recomendação para que os nossos concidadãos só viajem se for necessário.