No Dia Mundial da Obesidade, 04 de março, o médico responsável pelo Núcleo de Cirurgia Bariátrica do Serviço de Saúde da RAM, António Quintal, alerta para a importância do reforço da prevenção desta doença crónica. Estima-se que cerca de 50% da população adulta da região tenha excesso de peso e por consequência outras doenças associadas, entre elas a diabetes tipo 2, hipertensão e alguns tipos de cancro.
“O sedentarismo aliado ao consumo excessivo de calorias contribuíram para o aumento do número de adultos obesos das últimas décadas, mas o metabolismo e a genética são também fatores determinantes para a obesidade”, referiu o médico cirurgião, António Quintal.
O especialista reforça: “A melhor arma que temos para combater a obesidade é a prevenção”.
Ao nível do tratamento, o SESARAM realiza três tipos de cirurgia bariátrica no tratamento da obesidade mórbida, o sleeve gastrectomy (redução gástrica), o bypass gástrico e o mini bypass.
A cirurgia bariátrica é um instrumento eficaz mas não definitivo no tratamento da obesidade mórbida, após a cirurgia há que manter estilos de vida saudáveis sob orientação duma equipa multidisciplinar, para que a perda do excesso de peso seja mantida ao longo do tempo, idealmente, entre os 80% a 100%.
A decisão pelo tratamento da obesidade mórbida, via cirurgia é da responsabilidade de uma equipa multidisciplinar e do doente.
Existem vários critérios cirúrgicos de referência com base no índice de massa corporal e outros factores tais como comorbilidades associadas.
Estas cirurgias não têm limite de idade, mas regra geral, qualquer utente com indicação, entre os 16 e 65 anos, pode ser submetido a este tipo de cirurgia.
Estima-se que a população com obesidade mórbida, não submetida a tratamento, tenha uma esperança de vida de em média 10 anos menos do que a população normal.
No SESARAM, os doentes com obesidade mórbida são acompanhados por uma equipa multidisciplinar que conta com os médicos António Quintal, Ricardo Viveiros e Miguel Reis, apoiados pela enfermeira Elisa Xavier, pela nutricionista Paula Bettencourt e pela psicóloga Joana Lopes.