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A “luta continua” por mais Autonomia

O presidente do Governo Regional diz que valeu a pena lutar pela Autonomia, mas avisa que essa luta ainda não acabou. Antes pelo contrário, há que reforçá-la face ao centralismo da República. Miguel Albuquerque lembra que a Região não aceitou desconsiderações no passado e avisa que também não as vai aceitar agora. 30-06-2021 Presidência
A “luta continua” por mais Autonomia

Miguel Albuquerque diz que o “Dicionário Breve História da Autonomia da Madeira” é uma obra muito relevante, que vem preencher uma lacuna doutrinária, e que surge num momento muito importante da nossa História.

O presidente do Governo Regional falava, há pouco, durante a cerimónia oficial de lançamento do Dicionário da Autonomia da Madeira. Uma obra que contou com o apoio da Secretaria Regional de Turismo e Cultura e que é da autoria do professor universitário e historiador Paulo Miguel Rodrigues. Ao autor, o governante fez questão de agradecer «por este oportuno e excelente trabalho que muito honra a nossa academia, a nossa Autonomia e a nossa cultura».

Dirigindo-se aos presentes na Quinta Magnólia, local onde decorreu a cerimónia, o líder madeirense sublinhou que aquela obra, «para as duas gerações de autonomistas que estiveram na génese e participaram ativamente na conquista, consolidação e defesa intransigente da nossa Autonomia Política, e dos nossos Direitos e Liberdades contra as forças centralistas e totalitárias, é mais um reconhecimento de que a nossa luta valeu a pena, depois de o Povo Madeirense ter sido colonizado, explorado e amordaçado durante séculos e séculos pelas imposições tenebrosas do centralismo lisboeta».

Para as novas gerações aquele livro, salientou, «oferece uma matriz e um repositório sucinto dos valores e princípios em que assenta a Autonomia Política conquistada, uma Autonomia democrática, dinâmica e apta a realizar, em liberdade, o desenvolvimento integral do nosso Povo e do nosso Arquipélago».

Hoje, diz, «quando as forças do centralismo anacrónico e opressor ressurgem no nosso País com grande força, temos de reafirmar como nos velhos tempos que a “luta continua”!».

Miguel Albuquerque defende que «há que ampliar os poderes autonómicos, colocando as decisões da “res publica” mais próximo do nosso Povo, alargar ao máximo os poderes do nosso Parlamento, permitir a escolha de caminhos diferentes, no quadro da nossa Autonomia, para a sustentabilidade e desenvolvimento da nossa Região Autónoma».

«Não somos súbditos do Estado Português. Não podemos aceitar calados desconsiderações e discriminações recorrentes por parte do poder central. Não aceitamos no passado! Não vamos aceitá-las agora!», avisou.

O presidente do Governo Regional aproveitou ainda para exigir que «o Estado cumpra os princípios de subsidiariedade e assuma de uma vez por todas a continuidade territorial, como um imperativo de justiça elementar».

Por exemplo, realçou, «circular dentro do território nacional não pode ser mais caro do que viajar ou mandar bens para território estrangeiro». «O que se passa é uma vergonha!», desabafou.

Segundo Miguel Albuquerque, «estas e outras questões têm de continuar a estar no centro da nossa agenda política».

«As novas gerações são essenciais na interiorização e defesa acérrima desta luta e destes princípios. Contamos com eles», disse ainda.


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