Miguel Albuquerque diz que o Governo Regional vai continuar a trabalhar em articulação com a Universidade da Madeira e a apoiar em tudo o que puder. O presidente do Governo Regional falava durante a cerimónia que assinalou a abertura do terceiro ano de Medicina na Região, um passo que considerou da maior importância para a Região.
O líder madeirense falava no Campus da Penteada, onde decorreu a cerimónia. Lembrando que o Curso de Medicina começou a ser dado na Região há 17 anos (os dois primeiros anos), o governante fez questão de reiterar total apoio à Universidade da Madeira e a «todos os passos audazes que ela dá rumo ao desenvolvimento».
«A Universidade da Madeira é e continuará a ser, para nós, uma das alavancas fundamentais da modernização da Madeira. Nós temos, hoje, uma nova geração formada, uma nova geração preparada para enfrentar os desafios do futuro», enalteceu.
Para o presidente do Governo Regional, também no campo da Medicina, «esta articulação entre a Universidade da Madeira e o Serviço Regional de Saúde é decisiva e fundamental para o futuro».
O governante sublinhou ainda as excelentes condições que a Madeira prepara para oferecer no campo da Medicina, nomeadamente na área da formação e da investigação, sublinhando que «não temos de ter complexos relativamente a ninguém nem a nada» e recordando a nova estrutura hospitalar, os projetos de investigação que já estão a ser levados a efeito e a aplicação das novas tecnologias que serão decisivas para o futuro.
No novo Hospital, que já está em construção, a Região disponibilizará, enfatizou, «uma área vocacionada para investigação, com cinco mil metros quadrados». «Essa área será utilizada nas diversas valências, para melhorarmos, através da investigação, a performance na Saúde», complementou.
Segundo Miguel Albuquerque, a importância do Curso de Medicina vai mais além do recrutamento e rejuvenescimento do nosso quadro médico, para o Serviço Regional de Saúde. «A nossa ideia passa também por recrutar alunos do exterior», lembra.
«Não queremos uma Universidade provinciana, fechada, para a “terrinha”. Queremos uma Universidade como ela tem sido: aberta ao mundo. Uma Universidade que faz da sua afirmação cosmopolita no ramo da Ciência e do Saber, a sua forma de estar e de ser», preconiza.
Desta forma, defendeu que é preciso estar preparados para as alterações que aí vêm: «Vamos viver numa sociedade digitalizada, em que a Inteligência Artificial, os sensores e a 5G vão ser predominantes».
Uma das áreas que vai beneficiar destas evoluções, sustentou, «é a Medicina, com informação mais detalhada e atualizada, por exemplo, através de sensores colocados nos corpos, do estado físico dos doentes, quase que a cada momento».
O governante reforça, assim, a importância de se acompanhar as novas tecnologias, sublinhando que é uma área onde a Região vem apostando: «As nossas 27 empresas tecnológicas já faturam – recebi os dados hoje – mais de 100 milhões de euros».
Porque, uma das vantagens da Madeira é, pela primeira vez, poder competir a nível global, com qualquer ponto geográfico central». Porque «os limites geográficos, no mundo digital, não existem». Pelo contrário, «os grandes gurus das tecnologias preferem lugares sossegados, com uma boa rede». De resto, é-lhes igual….
O líder madeirense assumiu, a concluir, estar muito satisfeito com o que a Universidade da Madeira tem feito e reiterou que irá fazer tudo, enquanto presidente do Governo, para apoiar os projetos daquele estabelecimento de Ensino Superior. E lembra que parte das verbas do PRR serão para o Ensino, Tecnologias, Formação e Qualificação.
A concluir, Miguel Albuquerque agradeceu a colaboração que a Madeira sempre tem tido da sua Universidade. «A Região muito deve a esta Universidade», assumiu, a concluir.