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«Este Orçamento não defende os interesses da Madeira nem do País»

Miguel Albuquerque reitera que está sempre disponível para trabalhar e colaborar para o bem do País, levando em linha de conta aqueles que são os direitos primaciais e fundamentais da Madeira. Mas, este Orçamento de Estado, tal e qual está configurado, não responde aos interesses da Região, nem do País. 27-10-2021 Presidência
«Este Orçamento não defende os interesses da Madeira nem do País»

Neste sentido, diz que os deputados do PSD da Madeira vão votar contra, salvo conversa de última hora que garantisse a reposição de justiça para com a Região e o cumprimento do princípio de coesão económica e social e, ainda, de um quadro que expurgasse este OE de medidas que prometem levar o País à ruína.

O presidente do Governo Regional falava, nesta manhã de quarta-feira, aos jornalistas, à margem de uma visita à empresa KW Imobiliária, sedeada no Funchal. Oportunidade para reforçar que «a Madeira tem uma realidade específica», e que a sua obrigação, enquanto eleito para presidente da Madeira, «é defender, contra tudo e todos, sempre em primeiro lugar os interesses da Madeira e da sua população». «Isso é a minha obrigação e aí estou, como sempre tive, na primeira linha dessa defesa», sustenta.

No entanto, diz ser preciso «olhar também para a situação constrangedora do País, que decorre precisamente da irresponsabilidade dos partidos de Extrema Esquerda, que nunca mais deverão fazer parte do arco de governação».

«O que a Madeira precisa teria de estar no OE. Como não está….», resume o porquê do voto contra.

Miguel Albuquerque lamenta que «os derrotados das Autárquicas, que são o BE e o PCP, estejam a chantagear o País e a quererem levar o País à ruína., apresentando medidas que são incomportáveis no atual quadro legislativo e face à crise que está no horizonte».

O governante madeirense enfatizou ainda que «o senhor Presidente da República, para esta legislatura, não exigiu um pacto escrito, como o professor Aníbal Cavaco Silva fez, para manter um mínimo de estabilidade política, para garantir a governabilidade e para evitar uma crise política que não é, neste momento, boa para o País».

«O que eu disse e continuo a dizer é que, no atual quadro legislativo, este Orçamento de Estado, tal e qual está configurado, para além de cobrar um valor de mais de 77 mil milhões de euros em impostos, tem um conjunto de premissas que vão levar o País para a ruína e para um novo resgate», acrescentou.

Mas, lembra que também vem sempre dizendo «estar sempre disponível para trabalhar e colaborar para o bem do País, levando em linha de conta aqueles que são os direitos primaciais e fundamentais da Madeira»

«O Governo da Madeira é um governo responsável, que leva sempre em conta os interesses primaciais do País e sobretudo os da Madeira», sublinha. E, questionado sobre o que levaria o Governo Regional a alterar posição, acentua que «há um conjunto de realidades que têm de ser consubstanciadas no Orçamento tendo em vista um princípio fundamental, que é o da Coesão Económica e Social dentro de todo o território nacional».

O líder madeirense diz que ninguém falou consigo, nem sequer o Presidente da República sobre o assunto. «Estou sempre disponível para conversar seja com quem for…. Em qualquer momento!», lembrou.

Face a este cenário, anunciou que ó voto dos deputados do PSD da Madeira «é aquele que foi anunciado, que é contra o OE», a não ser que «haja uma mudança súbita a bem do País e da Madeira».

«Estamos perante uma realidade de crise política, estagnação económica e possivelmente de um novo resgate financeiro…. O que acontece é que nós ficámos nas mãos dos partidos da Extrema Esquerda. E, como toda a gente sabe, os países governados por estes partidos estão sempre na ruína», enalteceu.

Mas, frisa, «a atual crise nada tem a ver com a Madeira». «Nós temos um governo estável!».

Por tudo isto, defende que «se é para se chegar a esta situação, se é para levar o País para uma situação insustentável, é melhor haver uma clarificação política e dar a voz ao povo», ou seja, ir para eleições.

Miguel Albuquerque diz ainda que o Orçamento da RAM será feito. E, quanto à realidade nacional, perfilha que «é melhor termos um Orçamento em duodécimos do que ter um Orçamento de ruína que leve a um novo resgate económico».

«Nós estamos perante uma crise energética, uma crise de materiais na Europa e com uma pressão inflacionista muito grande, que pode levar à subida da taxa de juros. Com a dívida pública que o País tem, isso colocaria o País numa situação muito difícil…», acrescentou.

Para Miguel Albuquerque, nas atuais circunstâncias é bom que o Governo caia. «Não há nenhum drama nisso», concluiu.


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