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Turismo e Transportes são vitais para quem vive na Região

Albuquerque não aceita Madeira fora da rede transeuropeia de transportes 11-04-2022 Presidência
Turismo e Transportes são vitais para quem vive na Região

O presidente do Governo Regional sublinhou hoje, em conferência de imprensa realizada na Quinta Vigia, a importância do Turismo e dos Transportes para «a vida dos cidadãos europeus que residem nesta Região Ultraperiférica da União Europeia». Neste sentido, não entende o porquê de a Madeira ter ficado de fora da rede transeuropeia de transportes.

Miguel Albuquerque falava no âmbito da visita que uma representação da Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu está a realizar à Madeira.

Hoje, os parlamentares reúnem-se com o líder madeirense.

O governante, durante a conferência de imprensa, presencial, fez questão de agradecer a visita dos deputados daquele Comissão à Região Autónoma da Madeira, sublinhando ser «fundamental este conhecimento próximo, in loco, da realidade, distante fisicamente dos olhos dos parlamentares europeus, para poderem compreender melhor as questões que colocamos, como territórios Ultraperiféricos, também a este nível».

O chefe do Executivo madeirense, na sua declaração, salientou ainda que os transportes são essenciais para que os europeus possam ter verdadeira mobilidade. «Para nós, que vivemos na Madeira isso é ainda mais evidente», complementou.

Porque, realçou, «é a única forma de nos deslocarmos de e para fora do território». É também essa, enalteceu também, «a principal forma de recebermos turistas».

Uma situação que, na sua opinião, vem justificar as solicitações que Região vem fazendo junto das instâncias europeias, para a derrogação das taxas de carbono aplicáveis aos transportes aéreos.

«Essas, quando aplicadas à nossa realidade seriam uma penalização das nossas vidas e não um incentivo», frisou.

Miguel Albuquerque chamou ainda a atenção, dirigindo-se aos deputados, para uma outra realidade «que terão a oportunidade de compreender: «Somos um território insular, mas não temos ligações regulares (nem mesmo intermitentes) por via marítima, de passageiros. Nem com o país nem com outro qualquer ponto da União».

«Isso deve fazê-los refletir. Perceber a importância de a União, que tem na livre circulação um pilar do seu projeto de desenvolvimento, apoiar este aspeto básico, essencial, da mobilidade. Não só para nós cidadãos, mas também para uma presença no mar», sustentou.

Segundo Miguel Albuquerque, «mar esse que as Regiões Ultraperiféricas, como a Madeira, permitem fazer da União Europeia também uma potência ao nível da área marítima que integra o seu território».

Por outro lado, o governante perfilhou que no Turismo, «um setor muito importante na nossa atual economia», «importa ser entendidas pela União Europeia as potencialidades de tal atividade, associada por exemplo a uma política do mar consistente e geradora de riqueza e qualidade de vida».

Miguel Albuquerque lembrou ainda os vastos apoios dados pela União Europeia à Madeira, desde a sua adesão. E defendeu que a EU é o melhor projeto político europeu de sempre e que não é um projeto sobretudo económico, mas que o é essencialmente social e de cooperação entre povos.

Recorde-se que a Comissão de Transportes e Turismo do Parlamento Europeu estará na nossa Região, de hoje até quarta-feira, com o objetivo de avaliar, no terreno, o impacto das políticas europeias nas áreas dos transportes e turismo no desenvolvimento socioeconómico da Região.

É ainda objetivo da comitiva de eurodeputados, que integra as eurodeputadas madeirenses Cláudia Monteiro de Aguiar e Sara Cedras, procurar entender de que forma é que as Regiões Ultraperiféricas, como a Madeira, podem contribuir para a transição ambiental e digital em curso.

Os eurodeputados irão visitar várias infraestruturas da Região que foram apoiadas com verbas comunitárias. E manterão diversas reuniões com várias entidades, empresários e membros da Sociedade Civil.

Os parlamentares querem apurar como é que a Madeira se está a preparar para os desafios futuros, em linha com o Pacto Ecológico Europeu.


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