Tive, ao longo destes três dias, na África do Sul, a grande satisfação de testemunhar a justíssima e a há muito merecida homenagem de Portugal à nossa comunidade na África do Sul, composta maioritariamente por Madeirenses que, fruto de décadas de trabalho árduo e persistente, granjeiam reconhecimento e prestígio económico-social naquele país de acolhimento, afirmando, desta forma, Portugal e a Madeira além-fronteiras.
Justíssima e merecida homenagem, que ocorreu no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, conforme vinha defendendo junto de Sua Excelência, o Presidente da República, sensibilizando-o para a saga tantas vezes difícil de milhares de homens e mulheres da nossa Terra naquele país.
Estou certo de que esta homenagem enquadrada no Dia de Portugal é o melhor tributo à perseverança das nossas gentes. Somos nós, Madeirenses, lá na diáspora. São os nossos familiares que não esquecem a sua Terra. Pelo contrário, vivem-na, não obstante a distância, com grande entusiasmo, através das tradições e das marcas identitárias, que nos são próprias, enquanto Povo insular, afirmando-as e perpetuando-as na África do Sul.
Foi uma honra e um privilégio os dias de contacto e proximidade à nossa comunidade na África do Sul. Apesar do ambiente de celebração, importa não esquecer a onda de violência que atinge a sociedade sul-africana e a nossa comunidade em particular.
Importa assegurar mecanismos específicos de apoio aos familiares das vítimas. A Região Autónoma estudará formas de os assegurar.