«Nós temos uma sociedade eminentemente urbana, moderna, com tecnologia e com gente formada. Mas, as Casas do Povo continuam a ter um papel fundamental na socialização, no apoio aos eventos, na formação e, sobretudo no papel que desempenham junto dos estratos de população que necessitam, como qualquer Ser Humano, da interação afetiva.»
O Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, convidou hoje os presentes, na cerimónia de assinatura de contratos-programa entre o Governo Regional e as Casas do Povo da Região Autónoma, à reflexão. Um convite que se estende à população em geral, no sentido de perceber como é que aquelas estruturas – na sua origem eminentemente ligadas ao apoio ao meio rural – se mantêm hoje vivas, ativas e com crescente importância na nossa sociedade.
O Chefe do Governo sustentou que tal se deveu a uma mudança no papel das Casas do Povo, ocorrida durante a crise financeira de 2009 – 2011, em que passaram a assumir o papel de apoio aos estratos da população mais vulnerável.
Miguel Albuquerque indicou que esse papel se veio a demonstrar ainda mais fulcral, recentemente, durante a crise pandémica, quer na interação que geraram junto das populações, quer no apoio, sobretudo através do programa Farol, aplicado «de forma exímia».
Para o governante, as Casas do Povo são hoje instituições fundamentais à estrutura social e vivência coletiva também por assegurarem dia-a-dia a interação e a afetividade a cidadãos do ponto de vista social mais vulneráveis devido a uma sociedade, cujas relações e interações são cada vez mais orientadas para as vivências e objetivos profissionais.
Hoje, no Salão Nobre do Governo Regional, foram celebrados 40 contratos-programa com 38 Casas do Povo, a ADRAMA e a ACAPORAMA, no valor de 718 639,04 euros, tendo em vista assegurar o funcionamento no ano de 2022, bem como a prossecução das iniciativas de promoção do desenvolvimento social, económico e cultural.
Referir que, em março deste ano, foi já concedido, a título de adiantamento, um apoio financeiro, na componente de funcionamento, às referidas Casas do Povo, correspondente a 50% do valor recebido para funcionamento no ano anterior, ou seja, cerca de 470 mil euros.
No total, em 2022, para efeitos de funcionamento e realização de eventos, as 43 Casas do Povo da Região e Associações que as representam vão receber do Governo Regional, através da Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania, cerca de 1,2 milhões de euros.