O presidente do Governo Regional acusou hoje a Oposição de, como é recorrente ao longo destes últimos anos, continuar «a atuar sem rumo, sem consistência e, sobretudo, sem qualquer noção das suas responsabilidades no quadro de uma democracia adulta e consolidada».
Miguel Albuquerque, que intervinha no encerramento do debate na generalidade sobre o ORAM 2023, apontou que «as pretensas sumidades regionais que vão aparecendo na liderança do PS Regional esvaziam-se quase imediatamente quando são confrontadas com a realidade do mundo e da política ativa».
A tendência, criticou, «é para desembocar nas mesmas demagogias, nas mesmas mediocridades, nos mesmos lugares comuns, onde, ano após ano, fracasso atrás de fracasso, o PS Madeira vai construindo um mundo paralelo, que não conduz a lugar nenhum».
Por fim, sustentou, «acabam, como sempre, no servilismo dogmático a Lisboa».
«Aceitando, sem reclamar e aplaudindo, sem hesitar as maiores iniquidades do centralismo jacobino. Contra os direitos dos Madeirenses e Porto Santenses», acusou.
Segundo Miguel Albuquerque, «este Líder do PS Regional não é diferente: fica cobardemente calado quanto à Revisão Constitucional e aos Direitos da Região Autónoma; fica medrosamente amordaçado quanto à imperativa Revisão da Lei das Finanças Regionais».
O líder madeirense acusou ainda Sérgio Gonçalves de aceitar «mansamente que o Orçamento de Estado seja aprovado, inclusive pelos deputados do PS Madeira, ignorando e discriminando as justas reivindicações da Região Autónoma da Madeira», para depois, «com a maior desfaçatez», vir defender «reduções fiscais que o Orçamento Regional já contempla e propor apoios sociais que o Orçamento Regional já reforça».
«Vem, inclusive reivindicar para encargo regional despesas que deviam ser encargos do Orçamento Nacional, como por exemplo o Programa Regressar, que discrimina os Emigrantes Madeirenses, ou a Universidade da Madeira uma vez mais, traída pelo Partido Socialista», verberou.
As críticas dirigiram-se ainda à restante oposição, a começar pelo JPP: «Quanto ao Juntos por Nós Próprios, paradigmas políticos do Frei Tomás, desde há muito que conhecemos as suas manhas e falso puritanismo. Em Santa Cruz cobram-se taxas ilegais, outorgam-se contratos duvidosos, não se reduzem impostos, e vive-se na lenga, lenga dos coitadinhos para enganar incautos e preservar o poder».
Quanto ao Partido Comunista, Miguel Albuquerque afirma que «continua a pagar o preço de durante quatro anos ter sido a bengala política de um Governo Socialista que congelou salários, não fez investimento público, levou o SNS ao estado a que todos conhecemos, não reduziu impostos e levou o País ao empobrecimento».
«Só se podem queixar deles próprios. Depois de quatro anos a suportar políticas anti trabalhadores e anti rendimento não venham para aqui dar lições de moral política», concluiu.