Após um minucioso trabalho de reabilitação, o Museu Vicentes reabriu hoje ao público, numa cerimónia que contou com a presença do presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.
A intervenção, que ficou a cargo da Patriram, passou pela reabilitação geral do imóvel classificado, com o intuito de devolvê-lo à cidade transformando aquele espaço num museu condigno que possa mostrar todas as suas valências a todo o público que o visita, eliminando-se as barreiras arquitetónicas a pessoas com capacidade de mobilidade condicionada.
Os principais objetivos da intervenção foram zelar pela manutenção do imóvel onde se encontrava instalada a “Photographia – Museu Vicentes”, contribuindo para a salvaguarda do património regional, criando espaços e acessos que possam permitir uma melhoria dos serviços de apoio aos visitantes, bem como aos serviços técnicos e administrativos, permitindo o desenvolvimento de ações ou eventos para captação de novos públicos.
Recorde-se que o Museu é composto por três edifícios distintos mas interligados e dois logradouros (pátios), com dimensões significativas e ajustadas às envolvências edificadas.
O programa funcional consistiu em adaptar a compartimentação pré-existente a diversos espaços com funções específicas e utilizar os logradouros como espaços públicos, com ambientes e vivências próprias.
No edifício central, voltou a ser instalado o Museu, preservado dentro da ótica de um estúdio fotográfico do século XIX, criando-se melhores condições de interligação com os edifícios circundantes. A intervenção no espaço circundante pretendeu conferir uma maior dignidade aos pátios existentes, funcionando o pátio principal (visível e acessível através da Rua da Carreira e Avenida Zarco) como um “elo de ligação” entre todas as atividades a serem desenvolvidas no novo museu.
Nesta obra, foi também garantida a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada a todos os espaços exteriores, bem como aos espaços expositivos e educativos dos pisos superiores.
Ao nível do rés do chão foi ainda criado um pequeno espaço de restauração e bebidas, com uma esplanada no logradouro.
A estratégia adotada foi intervir recuperando grande parte dos elementos existentes e intervir reabilitando, introduzindo melhores condições em termos de acessibilidades, vivência e segurança, respeitando o legado histórico e conferindo uma maior fluidez espacial ao conjunto.