Em cima da mesa esteve a análise de um conjunto alargado de pontos propostos por parte de hoteleiros presentes. Foi abordada, acima de tudo, a expetativa que existe acerca do momento de reabertura de toda a atividade turística, onde houve um consenso de que a Madeira não pode avançar com uma data sem que se verifique, em simultâneo, o controlo da pandemia na Região Autónoma da Madeira e também na origem dos viajantes.
Daí que se impõe a adoção de um conjunto de medidas e ações que venham permitir recuperar a confiança de quem viaja. O secretário Regional de Turismo e Cultura diz ser preciso acabar com o medo.
E, para que isso aconteça, disse ser necessário investir em procedimentos novos.
Com esse propósito, Eduardo Jesus disse que a Secretaria Regional de Turismo e Cultura desafiou o setor a emanar um conjunto de orientações, ideias e sugestões que resultou no documento ‘Covid Safe Tourism’, que sistematiza toda a orientação. Sendo que o grande propósito é exatamente trazer confiança ao sistema.
Além disso, contém igualmente um capítulo que teve a ver com o tema da reunião de hoje entre o Governo e os hoteleiros, que tem a ver com toda a operacionalidade no aeroporto, sendo que, neste momento, a Região aguarda o entendimento das autoridades nacionais e europeias nesta matéria, para poder implementar esses procedimentos localmente.
Outro assunto que também esteve presente na reunião na Quinta Vigia foi o trabalho que está a ser feito pela Associação de Promoção da Madeira e o nível de notoriedade que tem conseguido, relativamente à Madeira, mantendo-a no mapa e no olhar de milhares de pessoas.
Em cima da mesa esteve igualmente todo o trabalho que está a ser feito junto do mercado nacional, acreditando que será o primeiro a reagir e a grande aposta da Madeira no imediato, sem descurar as apostas nos mercados tradicionais, e também uma aposta forte no mercado nórdico.
Na reunião esteve ainda a análise da evolução, no tempo, de toda a crise que se instalou, perspetivando apoios ao setor, e saber de que forma está a ser pensada uma reação em função dessa mesma evolução.
Eduardo Jesus disse haver uma preocupação dos empresários, de que o Governo Regional se associa, em matéria fiscal, nomeadamente dos pagamentos por conta, que não deveriam existir este ano, ou que deveriam ser entendidos como opção, aliviando, dessa forma, a tesouraria das empresas.
Por outro lado, há uma grande preocupação acerca da duração da aplicação do regime de lay-off simplificado, e que Governo Regional também está ao lado dos empresários no que diz respeito ao seu prolongamento, para além dos três meses que estão consagrados.
O secretário Regional diz que é entendido que o setor do turismo “será aquele que terá mais dificuldade em reagir e retomar o seu ritmo normal; será aquele que levará mais tempo; que está no fim de uma cadeia. E, por isso, precisa de ser apoiado mais tempo, elegendo a grande prioridade que é, não provocar desemprego, manter os postos de trabalho. E para manter os postos de trabalho, o Governo Central tem de ser chamado, através da Segurança Social, a continuar este regime do lay-off simplificado, porque, se assim não for, e se a lógica for o regime normal do lay-off, vai acontecer é um despedimento em massa, que não interessa nada à economia regional e nacional”.
Foram assuntos que estiveram em cima da mesa e que mereceram a total atenção por parte do Governo Regional de um setor que tem sido sempre ouvido e em contato permanente com a tutela. Houve uma primeira fase, quando tudo despoletou, com reuniões com grupos de trabalho muito envolvidos. Depois uma segunda fase com todo o trabalho de promoção com o novo manual de boas práticas, e na construção destas soluções que queremos que sejam duradouras, e, acima de tudo, estruturantes para que o setor possa sair desta crise.