Miguel Albuquerque acaba de reiterar a sua satisfação pelo fato de a Madeira fazer parte do corredor turístico autorizado pelo Reino Unido. E de isso permitir as ligações entre aquele país e a Região. Mas, afirma não entender o porquê de os turistas que viajarem para cá terem de fazer quarentena no regresso ao seu país.
O presidente do Governo Regional, que falava à margem da inauguração da exposição de homenagem a Ricardo Veloza, afirmou a sua satisfação por aquilo que entende ser uma grande vitória.
Em primeiro lugar, é importante nós fazermos parte do corredor turístico decidido pelo Reino Unido. Foi uma grande vitória. Mas, diz ser necessário «aguardar a evolução dos acontecimentos», até porque, afirmou, tem conhecimento de que só a partir do dia 16 é que isso ficará definitivamente decidido.
O governante considera ainda que «a própria prática da operação, quando se começar a constatar a situação que temos na Madeira e os imperativos de segurança que nós garantimos a todos os nossos visitantes, vai fazer com que essa regra da quarentena vá cair, muito rapidamente».
Miguel Albuquerque disse ainda que a Região está, para reverter a situação e acabar com uma quarentena que não tem lógica, «a fazer exatamente os mesmos contactos que fez na primeira ronda de conversações: junto das instâncias governamentais portuguesas (o Turismo de Portugal, a Secretaria de Estado do Turismo, o Ministério dos Negócios Estrangeiros), do embaixador português em Londres e do embaixador britânico em Lisboa».
Depois, anunciou, «estamos a fazer também diligências junto dos operadores». Porque «os operadores têm também aqui um importante papel a desempenhar, a fazer pressão junto do Governo do Reino Unido».
«São companhias poderosas, que têm algum poder de influência junto de decisões que têm a ver com o seu modelo de negócio», recorda.
Para Miguel Albuquerque, «essa regra que ainda está em vigor, da quarentena, não tem vantagem para ninguém». «Se a Madeira tivesse muitos casos, se tivesse cadeias ativas isso ainda era compreensível…..», desabafou.
Mas, acrescenta, «até agora, estamos a garantir uma segurança em termos de Saúde Pública e temos um conjunto de medidas profiláticas que vão continuar, que são uma garantia para quem regressa ao Reino Unido, que, recorde-se, tem mais de 40 mil mortes e um número de infetados superior ao de Itália».
«Acho que as coisas estão a ser vistas um pouco ao contrário…», complementa.
Contudo, apesar destas inferências, Miguel Albuquerque é pragmático: «Não há dúvidas de que o Reino Unido é um dos nossos principais mercados. Temos de trabalhar com eles e vamos trabalhar com eles…. E a coisa vai correr bem».
«Se continuarmos por este caminho as coisas vão correr bem. Têm chegado vários grupos e turistas, sobretudo alemães. E as coisas têm corrido muito bem. Os testes, inclusive estão a ser mais rápidos…. E as opiniões têm sido muito favoráveis, como a Comunicação Social, que tem um papel fundamental em toda esta situação, vem revelando», concluiu.