O Governo Regional, através da Secretaria Regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural, assegurou hoje a oferta de 6 toneladas de feno para alimentar 19 cavalos e 2 burros de um empresário do Porto Santo.
O apoio na oferta de 200 fardos de palha é a resposta de urgência às dificuldades de um empresário porto-santense, que durante a pandemia sofreu um grande corte nas receitas.
Para minimizar os prejuízos e garantir a alimentação condigna dos animais e do negócio, o recurso ao pasto natural tem sido a solução, mas este só garante alimentação adequada de abril a outubro, pois durante o inverno não é adequado.
Sensível à importância dos ‘negócios da tradição’, o Governo Regional avançou para um plano de ajuda de emergência, que visa garantir a alimentação dos cavalos e naturalmente o seu bem estar, por considerar que "o transporte com recurso a animais é uma marca da história do Porto Santo, pois a relação dos porto-santenses com os animais foram a base do trabalho agrícola e mais tarde nas deslocações entre diferentes pontos da ilha, de pessoas e bens".
O apoio dado é justificado na circunstância dos "cavalos e burros serem hoje um ativo importante da cultura e etnografia do Porto Santo, quer em termos paisagístico, como memória coletiva da história, constituindo um produto turístico que acrescenta valor à oferta que a ilha dispõe, pois diversifica e sobretudo recria quadros históricos da vivência dos porto-santenses".
Ligado à atividade dos passeios de cavalo desde 2008, o empresário Paulo Ornelas ficou satisfeito com o apoio dado. “Garantir a alimentação de 19 cavalos e 2 burros ao longo de 365 dias do ano, sem receitas durante mais de metade do ano, torna-se um exercício impossível e que põe em causa a saúde e bem estar dos animais, não sendo aplicável a este ramo de negócio os apoios previstos, pois não podemos recorrer ao ‘lay-off’ ou encerrar a atividade, mandando abater os animais", destaca.
Paulo Ornelas, para além de manifestar a sua gratidão, considera que a oferta que garante ao turismo, às atividades associadas à etnografia e história junto da comunidade escolar e de outros grupos sociais “legitimam este apoio do Governo Regional”. “Ainda para mais, no nosso caso somos duplamente penalizados pelos condicionalismos da atividade turística e da sua cada vez mais acentuada sazonalidade", explica.
O empresário aproveitou o momento em que recebeu os fardos de feno para agradecer a atenção e o apoio da Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural, que se fez representar na entrega pelo adjunto do Gabinete do Vice-Presidente do Governo Regional, Roberto Silva, a ajuda do Instituto da Floresta e Conservação da Natureza, bem como ao Grupo Sousa que garantiu o transporte das seis toneladas de palha sem custos.