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África do Sul começa a regressar à normalidade

Rui Abreu reuniu ontem com o Cônsul Honorário de Portugal em Durban, Elias de Sousa, que deu conta dos temas que marcam a atualidade da Comunidade Madeirense na África do Sul 29-09-2021 Direção Regional das Comunidades e Cooperação Externa
África do Sul começa a regressar à normalidade

A normalidade começa a regressar à África do Sul, com a Comunidade Madeirense a reerguer-se, após os violentos saques que varreram o país em maio passado.

Isto mesmo foi avançado pelo diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu, após uma reunião mantida com o Cônsul Honorário de Portugal em Durban. Elias de Sousa deu conta dos temas que marcam a atualidade da vida dos madeirenses residentes naquele país, em particular daqueles que vivem na província de Natal.

“Durban, província de Natal, foi uma das mais afetadas pela recente crise na África do Sul. E, apesar de ser uma província com poucos madeirenses, comparativamente à cidade de Joanesburgo ou à Cidade do Cabo, estima-se que ali residam 30 mil madeirenses”, lembrou Rui Abreu.

O Cônsul Elias de Sousa deu conta que a situação que a Comunidade Madeirense atravessou recentemente foi bastante difícil. “Foi uma grande crise. Mas agora os problemas estão sanados. A vida está a funcionar normalmente na África do Sul, concretamente em Natal, onde muitos dos negócios afetados já voltaram a abrir, o que é positivo”.

No entanto, com o aproximar das eleições locais naquele país, a Comunidade está expectante. “Todos sabemos que os tumultos começaram devido a questões políticas: a divisão dentro do Partido do ANC. Este ano há eleições locais e eleições para os governadores dos cinco Estados Sul-Africanos. Denota-se alguma expectativa, mas também um sentimento de esperança por parte da nossa Comunidade”.

Sobre a mesa, esteve também o tema da emigração de jovens descendentes de madeirenses, de terceira e quarta gerações. “Este não é um fenómeno novo. Mas é mais evidente nos últimos anos” observou Rui Abreu.

Os destinos desta vaga de migração de descendentes de madeirenses são essencialmente países de língua inglesa. Em primeiro lugar a Austrália e o Reino Unido, seguindo-se os Estados Unidos da América e o Canadá.

Elias de Sousa lamenta a saída dos mais jovens da África do Sul rumo a outras paragens, considerando esta migração “uma perda para o país”.


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