Mais de 27 mil pessoas visitaram “A Madeira e os Ventos da Emigração”, a exposição fotográfica que que esteve patente no Palácio do Governo de 28 de julho de 2023 a 10 de janeiro de 2024.
Uma mostra composta por 85 fotografias, algumas inédita, que retrata a realidade da Madeira nos três primeiros quartéis do século XX, e o quotidiano das suas gentes que, vivendo numa realidade marcada pelo fosso entre ricos e pobres, se viram forçadas a emigrar em busca de melhores condições de vida.
A exposição que começa sua itinerância pela Região, já a partir desta segunda-feira, 15 de janeiro, no concelho da Ponta do Sol, mais precisamente no Centro Cultural John dos Passos, com abertura marcada para as 15h30, ultrapassou todas as expetativas no que respeita ao número de visitantes.
“Esta exposição suscitou o interesse de muitos residentes e visitantes. Em pouco mais de cinco meses tivemos mais de 27 mil visitantes no Palácio do Governo, numa média de 250 pessoas por dia”, avançou, em modo de balanço, o diretor regional das Comunidades e Cooperação Externa, Rui Abreu.
O governante explicou que ‘A Madeira e os Ventos de Emigração’ foi pensada, desde o primeiro momento, para ser itinerante. “Primeiro passando primeiro pelos vários concelhos da Região e, posteriormente, viajando até os países da diáspora madeirense, nomeadamente a Venezuela, o Brasil, os EUA, o Canadá, a África do Sul, o Reino Unido, Europa e Caraíbas.
Rui Abreu entende que “esta exposição é uma forma de dignificar e honrar a diáspora espalhada pelo mundo que muito ajudou os madeirenses que ficaram nas ilhas, e que continua a investir na terra mãe”.
Ao mesmo tempo, continuou o responsável pela pasta das Comunidades, “esta mostra tem como objetivo ser um agente de inclusão para os emigrantes que regressam à Região, e para os estrangeiros que escolhem a Madeira para trabalhar e viver, ao promover valores como a aceitação, a integração e a diversidade cultural enquanto riqueza e verdadeiro ativo das sociedades”.
A exposição ‘A Madeira e os Ventos da Emigração’, vai estar patente no Centro Cultural John dos Passos de 15 de janeiro até 23 de fevereiro, na sequência da parceria realizada com a Autarquia local.
Sobre “A Madeira e os Ventos da Emigração”
“A pobreza e a constante luta pela sobrevivência que contrastava com a riqueza e excentricidade de poucos foi o motor de partida para as vagas migratórias que marcaram a Madeira nos três primeiros quartéis do século XX”, enquadrou Rui Abreu, falando sobre a exposição, promovida por esta Direção Regional, em parceria com o Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s, e com o Centro de Estudos de História do Atlântico.
“É uma homenagem do Governo Regional a todos os homens e mulheres que um dia tiveram de emigrar, numa época em as despedidas eram marcadas pela incerteza do regresso, levando na mala lágrimas e saudade, mas também uma enorme vontade de vencer, uma força e coragem inabaláveis na esperança de um futuro melhor.”