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N.º 52 - Inovação em Educação
janeiro a junho de 2018
30-06-2018
Direção Regional de Educação
Este número da Revista
Diversidades
centra a sua atenção na “Inovação em Educação”, na criação e desenvolvimento de Espaços Inovadores de Aprendizagem capazes de promover competências que ajudem, os nossos alunos, a responder com sucesso ao século XXI, na gestão dos desafios educativos e pedagógicos que resultam da articulação entre a herança do passado e a imprevisibilidade do futuro, através da reinvenção da própria escola, preparando a mudança que se impõe. Num mundo cada vez mais marcado pela rapidez da mudança, pela complexidade, pela inovação e criatividade, a preparação das crianças e jovens para que sejam pessoas e cidadãos capazes de responder de forma adequada e eficaz aos desafios e exigências da sociedade hodierna é tarefa, função e preocupação prioritária de todos os agentes educativos.
Embora esta ideia não seja nova, isto é, que “o paradigma de educação tem de se ajustar de modo a preparar convenientemente os alunos para responder aos desafios da sociedade atual”, a verdade é que a escola tem de continuar a fazer caminho para ultrapassar visões e modelos pedagógicos limitados e ultrapassados e apontar um horizonte onde se pode vislumbrar algumas das competências fundamentais para o sucesso nos dias de hoje, que se encontram já contempladas no Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória, nomeadamente: a colaboração, o diálogo, a comunicação, a criatividade, o pensamento crítico, a resolução de problemas, a informação e a tecnologia.
Então, continua bem presente e premente o repto lançado às escolas para que sejam criados espaços e momentos de aprendizagem efetiva e significativa, onde possam ser adquiridas e desenvolvidas competências fundamentais e decisivas para o sucesso, não apenas nas tarefas escolares e académicas, mas também em termos de futura realização pessoal, de vivência cívica e de inserção e realização profissional.
Assim, neste cenário, metodologias baseadas na resolução contextualizada de problemas, com recurso às novas tecnologias de informação e comunicação, alicerçadas num ambiente rico e desafiante de aprendizagem e num contexto relacional positivo e gratificante, constituirão, certamente, uma mais-valia na motivação dos alunos, darão maior sentido aos conceitos e aprendizagens desenvolvidas e reforçarão o esforço e dedicação dos alunos no sentido de uma melhoria no acesso ao conhecimento. Sabemos que a utilização de metodologias contextualizadas pelas vivências dos alunos potenciam as aprendizagens significativas, reforçam o pensamento crítico, valorizam a inteligência e o saber partilhados, facilitam a inclusão e a construção de uma identidade livre, responsável e autónoma, capaz de construir um projeto de vida com sentido,
No fundo, estamos a falar de cidadania, “realidade” que implica a capacidade das pessoas (neste caso dos alunos) de participar nas decisões do grupo, de aceitar e assumir responsabilidades, de encetar esforços colaborativos para a realização com sucesso de uma tarefa, de orientar o agir num quadro referencial de valores e de princípios promotores da dignidade da pessoa, dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável da sociedade.
Fica lançado, neste número da
Diversidades
, o desafio da “Inovação em Educação”, da concretização da própria essência do processo formativo: contribuir para a formação dos alunos como pessoas e cidadãos, no contexto de uma cultura de democracia crítica, pluralista e respeitadora dos outros.
Marco Gomes
Diretor Regional de Educação
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Revista Diversidades n.º 52
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