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A nossa história

Historial do Desporto Escolar na Região Autónoma da Madeira. 13-07-2018 Direção Regional de Educação
A nossa história

“Boa tarde colegas e professores!
Obrigado por nos terem proporcionado um ambiente organizado e divertido! 
Graças a vocês grande parte de nós ficou a conhecer o Porto Santo de uma maneira especial! 
Somos de uma escola com grande diversidade, Jaime Moniz, mas nestes dias foi possível conhecer melhor cada personalidade! 
Nestes três dias, testamos os nossos limites e descobrimos forças que pensávamos que não tínhamos, mas tudo valeu a pena! 
Fizemos amizades improváveis, mas que se tornaram valiosas! 
Um "obrigado" não é suficiente para tudo o que fizeram por nós! 
Quase que não temos noção da quantidade de trabalho e dedicação que cada um de vocês teve ao longo do tempo para preparar estes dias memoráveis.
Apesar de ser insuficiente, em nome da Jaime Moniz, um grande e sincero obrigado! 
Bem Hajam.”

Alunos da Escola Jaime Moniz na Cerimónia de Encerramento dos Jogos Escolares de Aventura.
 
Esta mensagem é uma entre muitas que recebemos no final deste ano letivo e revela a gratidão dos nossos alunos pelo Desporto Escolar e as atividades que promove.
Não há dúvida que o Desporto Escolar é essencial e deve fazer parte integrante do processo educativo e da vida das nossas crianças e jovens. Uma grande caminhada…
Voltemos um pouco atrás no tempo e relembremos a história deste serviço da Direção Regional de Educação, com objetivos bem definidos no âmbito de um desporto alargado a todos os alunos e adaptado à medida de cada um e cujo percurso está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento da RAM.
O ponto de partida desta caminhada surgiu no período da Mocidade Portuguesa, onde foram criadas, na Madeira, estruturas idênticas às já existentes em Portugal Continental e se organizaram atividades desportivas a partir do 1.º ano do ciclo preparatório (atual 5.º ano de escolaridade).
A década de 70 marcou a expansão do Desporto Escolar a nível regional. Deu-se início a alguns eventos que reuniam alunos de várias escolas, nomeadamente os Jogos Desportivos Escolares. O pavilhão Gimnodesportivo do Funchal foi, durante vários anos, o palco das cerimónias de abertura e encerramento desses Jogos, ponto alto do trabalho desenvolvido nas escolas ao longo do ano. As competições decorriam durante um fim de semana em vários recintos do Funchal. Nessa época, a Região não usufruía das atuais vias rápidas e túneis, o que obrigava a uma logística complexa para que os alunos oriundos de outros concelhos pudessem participar. 
Contudo, o grande impulso do Desporto Escolar na Região verificou-se no período pós 25 de abril. Foi fundamental a ação da Delegação do Funchal da Direção-Geral do Desporto, que estimulou o crescimento da Educação Física e do Desporto no âmbito escolar.
A conquista da autonomia foi o pilar que serviu de base à estruturação do organismo que iria tutelar o Desporto Escolar, a Direção de Serviços de Educação Física e Desporto Escolar, que anos mais tarde viria a ser designada de Gabinete Coordenador do Desporto Escolar.
Abraçando um ideal de caráter pedagógico, uma das preocupações fundamentais do então Gabinete Coordenador foi a de incrementar cada vez mais, apostando na qualidade, a disciplina da Educação e Expressão Físico-Motora no 1.º ciclo do ensino básico, promovendo a colocação de licenciados desta área nas escolas e abrangendo, posteriormente, o pré-escolar. O planeamento de atividades internas e externas evoluiu para a variedade de ações que o Desporto Escolar oferece hoje, dando resposta às necessidades atuais das escolas e da sociedade. O grande evento que reunia escolas deste nível de ensino, o FAREP - Final das Atividades Regionais do Ensino Primário, no final do terceiro período, marcava o encerramento das atividades desportivas escolares. Anos mais tarde, este evento foi incorporado na grande Festa do Desporto Escolar.
Ao nível dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e ensino secundário, criou-se toda uma estrutura no sentido de auxiliar as escolas a colocarem em prática o Desporto Escolar: coordenadores do Desporto Escolar, coordenadores da atividade interna, orientadores de equipa grupo, núcleos específicos para cada modalidade, bem como a elaboração dos regulamentos das várias práticas desportivas.
Uma particularidade, que talvez explique a longevidade, a grande aceitação e o reconhecimento por parte de todos deste projeto, foi o facto do Desporto Escolar nunca ter sido um projeto estanque. Houve sempre, por parte do Gabinete Coordenador, a preocupação de corresponder às necessidades reais de cada escola, de proceder às adaptações necessárias às novas realidades, às novas vontades e tendências, sem, contudo, perder a sua essência educativa e abrangência a todos os escalões etários e perfis dos alunos. Uma grande diversidade de modalidades desportivas foi incorporada neste projeto.
Outro aspeto importante, que marcou a diferença e promoveu o êxito, é ter mantido o princípio de não aceitar que os atletas federados se inscrevessem na mesma modalidade desportiva em que competiam nos seus clubes, permitindo a todos a possibilidade de praticar uma modalidade desportiva regular, equitativa e promotora de valores, longe das exigências seletivas próprias das competições a outros níveis. Assim sendo, era permitido aos atletas federados praticar e experimentar uma outra modalidade no âmbito do Desporto Escolar. O “fator talento” nunca foi impeditivo para quem quer que seja em momento algum. Todos podem competir ou participar nos eventos organizados neste âmbito. O brilho chega a todos, de acordo com as possibilidades e competências de cada um.
Desta forma, um calendário preenchido ocupava os sábados dos alunos das várias escolas da RAM que se juntavam, nos diversos pavilhões, para disputarem competições e/ou outros eventos desportivos.
A colmatar o trabalho desenvolvido ao longo dos anos, realizavam-se, no segundo ou terceiro período, as grandes finais das competições dos Jogos Desportivos Escolares. Com a integração de todos os níveis de ensino, bem como a presença de alunos da comunidade madeirense da diáspora, e até mesmo de alunos convidados de escolas do continente, estes Jogos deram lugar à grande Festa do Desporto Escolar, cuja cerimónia de abertura reunia um grande número de alunos com apresentação de classes de ginástica de grandes superfícies.
Estas cerimónias, que inicialmente eram realizadas no campo do Liceu Jaime Moniz, foram transferidas para o Estádio dos Barreiros, no horário da tarde e, em meados da década de 90, no horário noturno, conferindo assim especial destaque à beleza do espetáculo.
Com a integração dos Jogos Especiais, já na segunda década deste século, a grande Festa do Desporto Escolar completou-se, originando um novo formato à Cerimónia de Abertura, que se tornou um cartaz ímpar, representativo da força e presença do Desporto Escolar nas escolas.
Esta Festa ultrapassou as fronteiras das escolas e dos pavilhões desportivos, procurou outros palcos, ruas e praças, e abraçou a comunidade, apresentando-se ao público madeirense e aos turistas. Uma onda de novidades, tais como as práticas náuticas e outras novas tendências, tem dado uma dinâmica a este grande evento.


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