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Todos Podem Ler

Bibliotecas Inclusivas na RAM 15-06-2020 Direção Regional de Educação
Todos Podem Ler

O projeto Todos Podem Ler! partiu da convicção de que TODAS as pessoas podem ler – beneficiam com o acesso ao conteúdo do livro – e, na continuidade das atividades desenvolvidas pela equipa do Centro de Produção de Material (CPM), que há quase 40 anos torna acessível, a pessoas cegas ou com baixa visão, conteúdos escolares ou outros (braille, áudio, relevo bidimensional e modelos tridimensionais). Em 2007, com a integração do CPM na equipa da Divisão de Acesibilidade e Ajudas Técnicas, iniciou-se a produção de conteúdos adaptados às necessidades de alunos ou pessoas com deficiência motora, dificuldades de aprendizagem, dificuldades intelectuais ou desenvolvimentais ou deficiência auditiva.

Concomitantemente, foram identificadas as dificuldades que as pessoas com deficiências e/ou incapacidade enfrentam no acesso a livros adaptados, às suas especificidades e à falta de divulgação deste tipo de obras. Para colmatar estas fragilidades e promover a literacia junto destes grupos específicos, foi iniciada em 2010 a divulgação do projeto Todos Podem Ler!, através de ações de sensibilização sobre livros em formatos acessíveis (braille, relevo bidimensional, áudio, Língua Gestual Portuguesa (LGP), símbolos pictográficos e carateres ampliados) em estabelecimentos de educação e ensino, no Arquivo Regional e Biblioteca Pública (ARBP), serviços educativos de museus, entre outras instituições.

Atualmente, em parceria com as instituições referidas, são elaborados em relevo bidimensional, braille, carateres ampliados e ilustrações simplificadas, modelos tridimensionais, áudio, símbolos pictográficos e/ou leitura fácil, conteúdos para dinamização de atividades promotoras de equidade e da inclusão.

Ao mesmo tempo que se iniciou esta produção em formatos acessíveis, foram sendo cada vez mais percetíveis as dificuldades que as pessoas enfrentam no acesso a livros adaptados, às suas especificidades e à falta de divulgação deste tipo de obras. Assim, este projeto tem como objetivos:

 

- Divulgar, de forma acessível, conteúdos relacionados com a inclusão, a prevenção de comportamentos de risco e da violência e o desenvolvimento sustentável;
- Dotar as bibliotecas escolares de recursos adequados, em diferentes formatos acessíveis, a todos os alunos;
- Desenvolver boas práticas de promoção da leitura, tendo em conta as capacidades e necessidades e competências individuais dos alunos.
 

O projeto cumpre uma calendarização que se rege por várias fases e etapas. Uma das fases fulcrais deste projeto foi a disseminação do projeto junto das bibliotecas escolares, tendo-se assim iniciado a divulgação do projeto através de ações de sensibilização sobre livros em formatos acessíveis. A produção ou adaptação de versões com diferentes formatos de um livro facilita a promoção da leitura junto de todas as pessoas. A DAAT, enquanto centro de recursos de tecnologias de apoio para todos os alunos ou outras pessoas, no âmbito deste projeto produz conteúdos adaptados em formatos acessíveis. Mais especificamente, a inclusão de uma versão áudio torna um livro acessível às pessoas cegas, com baixa visão, não alfabetizadas, disléxicas ou com dificuldades motoras. A interpretação em LGP permite às pessoas surdas o acesso à leitura em igualdade de oportunidades com as ouvintes. A transcrição com recurso à grafia braille e aos relevos ou a ampliação com tratamento de imagem e texto permitem, respetivamente, às pessoas cegas e com baixa visão, o acesso à leitura de forma autónoma em qualquer contexto. Por sua vez, a legendagem com recurso a símbolos pictográficos pode ser uma alternativa à língua portuguesa escrita para a comunicação pode der uma alternativa para pessoas com perturbações do espectro do autismo dificuldades intelectuais ou desenvolvimentais ou intelectuais. Assim, um livro que na sua versão escrita e multimédia, reúna os formatos acessíveis às pessoas com deficiência auditiva, visual, motora, dificuldades intelectuais ou dificuldades de aprendizagem, pois pode ser designado de livro inclusivo (Fernandes, F.; Faria, G., 2011 e 2012).
 

Para além da disseminação do projeto nas bibliotecas escolares, outra fase importante deste projeto consistiu na produção de diversos conteúdos adaptados, tal como, O Gato Amarelo (2008), A Aventura do Mar (2009), o DVD multimédia que reúne as versões em LGP, áudio, SP e atividades lúdico-didáticas, que acompanha o livro “Ogima – O viajante do espaço no planeta dos BMQ” (2011). De forma a promover e divulgar a leitura inclusiva, foram produzidos a partir das histórias anteriores vários e-books, assim como foram editadas neste formato as histórias vencedoras do concurso de Literatura Infanto-juvenil Inclusiva “Todos Podem Ler”, que é promovido pela DRE.



A disseminação do projeto junto dos estabelecimentos de ensino conta com o apoio da Fundação Altice, uma vez que existe um protocolo com esta mesma fundação no âmbito do projeto de forma a disponibilizar Tecnologias de Acessibilidade, designadamente tecnologias de apoio à leitura e à escrita às bibliotecas escolares da Madeira. Assim, numa perspetiva inclusiva promove-se o acesso em equidade à leitura e escrita através de equipamentos, software e conteúdos digitais. Desde 2015 forma abrangidos 24 establecimentos de ensino.

 

O Prémio de literatura Infantojuvenil Inclusiva - "Todos Podem Ler" tem como objetivo contribuir para a produção e promoção da Literatura Inclusiva, destinada à infância e juventude, através utilização de formatos alternativos, designadamente braille e/ou relevo, negro ampliado, símbolos pictográficos, Língua Gestual Portuguesa, áudio ou leitura fácil/leitura adaptada.
A iniciativa tem caráter universal e destina-se a candidatos individuais ou coletivos (grupo máximo de quatro pessoas), devendo os textos ser escritos em prosa ou em verso, em língua portuguesa e em, pelo menos, dois formatos alternativos.
O prémio é atribuído em duas categorias:

Categoria I - Candidatos infantojuvenis;

Categoria II - Candidatos adultos: a partir de 17 anos de idade.

Os textos participantes deverão ser inéditos, não podendo ter participado anteriormente em outros concursos da mesma natureza. Os trabalhos apresentados deverão possuir, no máximo, dez páginas A4 informatizadas, em formato Microsoft Word for Windows (.doc), com tipo de letra Arial, tamanho 12 com espaçamento duplo entre linhas, a 25 linhas por página.
 
A edição digital das obras pela DRE/DAAT premeia o concurso.  


 


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