Decorrendo entre 21 e 23 de novembro, esta iniciativa tem como objetivo exercitar e avaliar a capacidade de resposta do Exército face à ocorrência de ciberataques, de âmbito nacional ou internacional, nomeadamente afetando as suas Comunicações e Sistemas de Informação que suportam o Comando e Controlo (C2) e que, por essa razão, ponham em causa a obtenção da superioridade de informação das Forças Terrestres.
Constituindo uma oportunidade única de treino cooperativo, oferecida também a organizações externas ao Exército, a PaGeSP – Direção Regional do Património e de Gestão dos Serviços Partilhados, a convite daquele Ramo das Forças Armadas, decidiu, voltar a integrar o grupo de mais de sessenta organizações nacionais envolvidas. Não será alheia a esta adesão muito significativa a circunstância de estar em vigor o Regulamento Geral de Proteção de Dados sendo aplicável já em maio de 2018, bem como o disposto na diretiva NIS, no que à proteção de serviços essenciais diz respeito.
Este exercício materializa assim uma oportunidade para a condução de treino especializado, contribuindo para a consolidação da edificação da capacidade de ciberdefesa no Exército e para a Cibersegurança Nacional, permitindo à Região analisar as vulnerabilidades e avaliar os riscos emergentes do ciberespaço, incluindo os condicionamentos que a descontinuidade territorial comporta e a consequente dependência das comunicações transmitidas através de cabo submarino, testando para esse efeito procedimentos e capacidades.
Consciente da importância crescente desta temática e da necessidade de estreitar a cooperação civil-militar (CIMIC) neste domínio, o Exército, segundo uma lógica de serviço público, assumiu o compromisso de apostar no desenvolvimento de iniciativas concretas com o Governo Regional. Ao longo do exercício “CIBER PERSEU 2017”, a Zona Militar da Madeira e o Governo Regional, através da PaGeSP, estarão envolvidos na resolução de uma crise no ciberespaço, procurando assim, maximizar a resultante dos seus esforços conjuntos, contribuindo para a mitigação dos efeitos dos ciberataques e para a gestão dos riscos que uma situação desta natureza coloca à Região. Neste contexto, estará empenhada uma equipa tática especialmente dedicada à gestão de incidentes de segurança e uma célula de decisão na PaGeSP. No Palácio de São Lourenço, estará sedeada a célula de gestão de crises CIMIC (incluindo observadores de organizações públicas e privadas), tudo sob o controlo de execução do exercício a funcionar na Academia Militar, em Lisboa, e em articulação com dois especialistas da PaGeSP.
Na Região, este exercício acolhe com o estatuto de “jogador”, para além da PaGeSP, o IASAÚDE e a In-Formar, e a nível nacional, o Ministério da Administração Interna, a Marinha, a Força Aérea Portuguesa, a Guarda Nacional Republica, Polícia de Segurança Pública, a EDP, a Caixa Geral de Depósitos e o Banco de Portugal entre outras entidades e organismos civis. Com o estatuto de “observador”, o “CIBER PERSEU 2017” contará com a presença de entidades tão diversas como as Águas de Portugal, o Governo Regional dos Açores, a Euronext e, ao nível da Região, a Empresa de Eletricidade da Madeira, a Assembleia Legislativa, a Investimentos Habitacionais da Madeira, o Instituto de Emprego da Madeira, a Águas e Resíduos da Madeira, o Colégio Salesiano, a MC Computadores, a Cimentos Madeira e o Serviço Regional de Proteção Civil.