Ao jornal nacional especializado no setor do Turismo, Eduardo Jesus refere que, no âmbito deste documento, foi desenvolvida uma análise por toda a cadeia, desde “o embarque, desembarque, transferes para o alojamento, receção, quartos, zonas comuns, como a piscina, spa ou bares”, até às experiências que o turista vive na região, através da animação turística.
O secretário regional recorda o contributo do setor que, desde o início, esteve bastante envolvido, e sublinhou que sempre foi do interesse do arquipélago que a certificação tivesse visibilidade internacional até porque o “turismo é um negócio planetário e não se restringe apenas à região e ao país”. Desta forma, através de um parceiro internacional, foi permitido “credenciar todo este processo e apresentá-lo ao mundo como uma certificação acreditada”. O processo é feito pela entidade internacional e todo o setor, como hotéis, alojamentos rurais ou agências de viagens, pode obter a certificação, desde que as “boas práticas” incluídas no manual sejam implementadas.
O objetivo é “apresentar a Madeira como um destino certificado no que diz respeito à segurança sanitária e no que diz respeito à Covid-19”, afirma Eduardo Jesus.
Por outro lado, o secretário regional referiu que o grande desafio para os destinos, e, neste caso, para a Madeira que depende da acessibilidade aérea, tem que ver com a forma como é instalada a confiança, um objetivo que “passou a ser a palavra de ordem”. Aliás, o governante considera uma mais-valia este “tipo de intervenção”, dando “garantias às pessoas” que, no momento da escolha do destino, existem “boas práticas e cuidados acrescidos”. Contudo, acredita que este é um trabalho de todos e não fica só à responsabilidade do destino: “As companhias aéreas têm um papel preponderante porque são o primeiro impacto”, referindo que, “antes do embarque”, deve ser percebido pelas pessoas que “existem medidas que estão a ser implementadas e que as protegem do contágio”, estando visíveis ações como o distanciamento social ou a facilidade de utilizar equipamento individual de proteção. Em última instância, os passageiros deverão ser “testemunhas do esforço que terá de existir no âmbito da segurança sanitária”. Já no interior do avião, os cuidados devem ser os mesmo e a proteção assegurada, cabendo a cada companhia assegurar a segurança, seja através da “colocação de separadores entre cadeira, kits de desinfeção ou práticas introduzidas ao nível da limpeza, segurança e refeições”, exemplifica o secretário regional. “Não se pode garantir confiança às pessoas se não se sentirem bem dentro de um avião”, diz.
(a publicação do Ambitur: https://www.ambitur.pt/retoma-da-atividade-turistica-na-madeira-esta-dependente-da-acessibilidade-aerea/ )