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Cartografia com Drones estudada pela DROTe

Os recentes avanços tecnológicos no âmbito da informação digital e o aperfeiçoamento dos sensores que podem ser transportados a bordo de aeronaves não tripuladas, vulgarmente conhecidas por Drones, estão a transformar a aquisição de informação geográfica e cartográfica. 04-03-2021 Direção Regional do Ordenamento do Território
Cartografia com Drones estudada pela DROTe

Os recentes avanços tecnológicos no âmbito da informação digital e o aperfeiçoamento dos sensores que podem ser transportados a bordo de aeronaves não tripuladas, vulgarmente conhecidas por Drones, estão a transformar a aquisição de informação geográfica e cartográfica.

Esta transformação está a ser acompanhada com atenção pela Secretaria Regional de Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas que, no âmbito do processo de reestruturação do sistema de produção, homologação e disponibilização de informação geográfica e cartográfica, levado a cabo pela Direção Regional do Ordenamento do Território, está a estudar a possibilidade de recorrer a este tipo de equipamentos para a atualização e produção de cartografia e conjuntos de dados geográficos na Região Autónoma da Madeira.

Hoje podemos utilizar as imagens aéreas (ortoimagens), obtidas a partir de Drones, para produzir informação, em pouco tempo, com elevada precisão, resolução e com custos bastante reduzidos, quando comparados com aos métodos tradicionais, que estavam condicionados a exaustivos trabalhos de campo ou ao uso de satélites ou de aviões de grande porte, equipados com camaras fotogramétricas de alta resolução, que apesar dos bons resultados em processos nacionais, tornam a produção e atualização extremamente dispendiosa e pouco ágil em projetos de dimensão regional ou local.

Pelo facto de não levarem um piloto a bordo, serem relativamente leves e de terem pequenas dimensões, os Drones ou VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados), podem deslocar-se a sítios inacessíveis e transmitir as imagens em direto. Com estas imagens podem ser criados, com grande rigor, ortofotomapas de alta resolução (que podem ter pixéis de 2 a 3cm), a partir de onde é possível identificar a ocupação de solo (vegetação, linhas de água, rede viária, edificado, rede elétrica ou outros produtos), ou seja, gerar a planimetria de uma determinada área.

A partir dessa informação, é ainda possível criar modelos digitais de terreno ou de superfície, a partir dos quais se podem calcular volumes, medir áreas e distâncias, processar curvas de nível, declives, hidrografia, exposições ou a radiação solar incidente.

Todavia, não basta proceder à aquisição dos equipamentos, têm de ser estudadas as melhores soluções técnicas, uma vez que o nosso território tem caraterísticas muito particulares, nomeadamente de relevo e vegetação. Nesse sentido, estão a ser equacionados os tipos de drone a utilizar, os equipamentos adicionais a acoplar aos aparelhos, os softwares a adquirir, para possibilitar a aplicação específica a determinados usos, bem como as necessidades de formação dos profissionais, para capacitá-los para a interpretação, avaliação e representação dos objetos contidos no terreno, tanto planimétricos como altimétricos.

Ao longo do ano de 2021, serão testadas algumas soluções que poderão a médio prazo contribuir para uma maior atualização e disponibilização da informação geográfica e cartográfica regional, que terá uma grande utilidade para um diversificado conjunto de áreas, tais como o planeamento e gestão do território,  a gestão ambiental, florestal e de riscos, o planeamento urbano, o cadastro de propriedades, planeamento de infraestruturas, ou a divulgação de informação turística, científica ou informativa.


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