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"Cuidados de Longa Duração, uma politica integrada de Longevidade", debatido no Congresso Insular de Enfermagem

O Congresso Insular de Enfermagem reuniu mais de 300 profissionais e decorreu na Ilha do Porto Santo, entre 27 e 29 de abril. 29-04-2023 Direção Regional Para As Políticas Públicas Integradas e Longevidade
"Cuidados de Longa Duração, uma politica integrada de Longevidade", debatido no Congresso Insular de Enfermagem

Foi o tema apresentado pela diretora regional para as Políticas da Longevidade, Ana Clara Silva, no Congresso Insular de Enfermagem, que reúne mais de 300 profissionais do país, num evento que decorre no Porto Santo, sob o tema “Desafios da Insularidade”.

 

Sob a temática que realça a componente integradora do diploma que define o regime do novo modelo de Cuidados de Longa Duração da Região Autónoma da Madeira, aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa Regional, Ana Clara Silva destacou que o reconhecimento dos Cuidados de Longa Duração, é parte essencial de um continuum de cuidados integrados e cruciais para alcançar a cobertura universal de saúde, no contexto do envelhecimento da população. 

 

A diretora regional enfatizou ainda a atualidade do tema dos Cuidados de Longa Duração como uma das ações prioritárias da Comissão Europeia, a realizar nas RUP , na aplicação do 18º Princípio do Pilar Europeu dos Direitos Sociais que traduz a garantia no acesso a cuidados de Longa de Duração, sendo também uma das 4 áreas de ação da Década do Envelhecimento Saudável 2021-202 definidas pela OMS.

 

Foca, de igual modo, a importância da Região Autónoma estar alinhada com as tendências e recomendações internacionais e afirma que “a prioridade é o cidadão, sendo necessário fortalecer mecanismos de participação deste e da sua rede de apoio social e familiar, na gestão integrada do processo de envelhecimento, sendo certo que a prestação de cuidados diz-nos respeito a todos, pois todos necessitarão de cuidados e todos prestarão  cuidados”.

 

Refere que no total dos anos vividos, acima dos 65 anos( 20 anos nas mulheres e 13 anos nos homens), mais de metade desses anos são vividos com doença crónica e com dependência. Por outro lado, 70% dos utentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPIS/Lares), apresentam 2 ou mais doenças crónicas e a deterioração cognitiva está presente em metade, ou mais, das pessoas institucionalizadas.[1] Fez referência também ao facto de  os agregados familiares serem  constituídos, em média, por 3 (2,5) pessoas (PORDATA, 2021), sendo que muitas das pessoas idosas vivem sozinhas, ou, acompanhadas por uma pessoa da mesma idade, pelo que quando se instala a dependência numa delas, dificilmente a outra consegue suportar a demanda de cuidados que se impõe.

 

Ana Clara Silva enaltece a relevância deste sector assistencial para o utente, e reitera que os   Cuidados de Longa Duração são o meio, por excelência, para se alcançar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3: “garantir uma vida saudável e promover o bem-estar para todos em todas as idades”,  assegurando assim a equidade na cobertura  universal de saúde em todas as idades, sobretudo às pessoas mais idosas.  
 


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