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Miguel Albuquerque quer País mobilizado para as questões do mar

Miguel Albuquerque diz que «é tempo de o nosso País aproveitar os seus recursos endógenos, designadamente o Mar, para a criação de riqueza e para nossa projeção no Mundo». Segundo o governante madeirense «o potencial da economia azul não é uma ficção, mas sim uma realidade bem ao nosso alcance, que exige mobilização nacional». 08-06-2021 Presidência
Miguel Albuquerque quer País mobilizado para as questões do mar

Falando em Câmara de Lobos, no Museu da Imprensa, no encontro que contou com as presenças do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa e do ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e que serviu para assinalar o Dia Internacional dos Oceanos e para a apresentação de projetos e iniciativas ligadas aos oceanos, o líder madeirense lembrou que a Estratégia Nacional para o Mar 2021/2030 já foi aprovada, pelo que deve, agora, ser difundida e explicada de forma inteligente aos Portugueses.

Na ocasião, Miguel Albuquerque recordou que «Portugal é um País oceânico com uma linha de costa de cerca de 2.500 Km, contando com uma das maiores zonas económicas exclusivas do

Mundo que se estende por 1.7 milhões de Km2». Ou seja, «18 vezes maior do que a sua superfície terrestre».

O governante acentuou ainda que, sendo um País descontinuado, «o triângulo marítimo português (Continente, Madeira e Açores) constitui 48% da totalidade das águas marinhas sob jurisdição dos Estados Membros da União Europeia, em espaços adjacentes ao Continente Europeu».

Neste sentido, relevou «a importância da extensão da plataforma Continental para além das 200 milhas náuticas, cujo processo de delimitação está a decorrer junto das Nações Unidas e que poderá vir a registar para Portugal uma área de 4 Milhões e 100.000 Km2».

Ou seja, «permitirá estender a jurisdição nacional a uma área imensa - 40 vezes maior do que a nossa área terrestre, cujas riquezas estão ainda por explorar».

Segundo Miguel Albuquerque, tal impele a que seja necessário identificar objetivos de intervenção prioritários em áreas diretamente ligadas ao Mar e passar à ação.

«Na área da ciência e inovação é preciso apoiar investigadores, fundações, cientistas, institutos, universidades, start- ups e empresas que se dediquem à investigação, valorização e comercialização de subprodutos de origem marinha para a indústria farmacêutica, indústria alimentar, indústria de cosméticos, indústria de prospeção subaquática de metais raros, (temos o

exemplo bem sucedido do Japão) indústria química, e medicina preventiva e regenerativa bem como na área da energia e dos novos materiais. A Made Biotech, Composite Solutions e Alga Plus são exemplo de empresas de sucesso que devemos e podemos multiplicar por todo o País», defendeu.

Paralelamente, existem também «condições para crescer na aquacultura, uma das áreas da agroindústria que registou o maior crescimento a nível mundial com uma média de crescimento de 6% ao ano nas últimas três décadas».

O apoio, defendeu, «às pisciculturas nacionais em mar aberto permitiria suprir o nosso deficit a nível de consumo de pescado como seria muito favorável para o aumento das exportações».

«Outra aposta decisiva - esta com parcerias internacionais - deve ser o da robótica subaquática e das tecnologias digitais no mar, para a monitorização e estudo do potencial dos solos e subsolos marinhos da nossa plataforma continental, salvaguardando e preservando as áreas protegidas e a vida marinha», exortou, igualmente.

No evento, foram ainda assinados protocolos diversos entre as Forças Armadas, o Governo Regional, a ARDITI e a Universidade da Madeira, bem coo ainda um protocolo de cooperação para a Economia Azul entre o Governo Regional da Madeira e o Fórum Oceano – Associação Empresarial da Economia do Mar.


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