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«Chateia ver o passar dos anos e há questões que nunca estão resolvidas» 

Presidente do Governo sinalizou hoje, no Fórum Madeira Global, um conjunto de questões que afetam a diáspora, cujas soluções se encontram na dependência do Estado Português.   28-07-2022 Presidência
«Chateia ver o passar dos anos e há questões que nunca estão resolvidas» 

«Nestas questões, nós temos que trabalhar para o bem comum, porque nós exercemos o poder em democracia num horizonte de tempo limitado. E o que me chateia – desculpem lá – é ver que vai passando os anos – vou fazer já dois mandatos –, e há questões que nunca estão resolvidas». 

O Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, alertou e sinalizou um conjunto de problemas que afetam a diáspora madeirense pelo mundo, cuja resolução passa pelo Estado Português. 

Não obstante, e aproveitando a presença do secretário de Estado das Comunidades Portuguesa no Fórum Madeira Global, o Chefe do Governo manifestou toda a colaboração do Executivo madeirense. 

Miguel Albuquerque elencou diversas questões, entre elas a dificuldade ou até a impossibilidade de jovens licenciados na diáspora, em áreas como Medicina, Engenharia ou Arquitetura verem a sua formação para o exercício da atividade profissional reconhecida em Portugal, salientando tratar-se de um enorme desperdício de competência e de talento.  

«Quero vos dizer, com muita mágoa, que tenho recebido, sobretudo aquando da crise na Venezuela, inúmeros jovens licenciados, da melhor qualidade – médicos, engenheiros, arquitetos, cientistas – chegou uma ocasião em que tive de dizer: vão para Espanha porque as equivalências demoram três meses. 

Em Portugal é impossível. Há um grupo de lobbies que tenta defender as suas posições no mercado e que torna esse reconhecimento quase impossível», disse o líder do Executivo, defendendo a necessidade do Estado estruturar o processo no sentido de resolver a questão. 

O governante vincou igualmente o reforço da participação e da representação política da diáspora, nomeadamente nas assembleias regionais, recordando ser necessária uma maioria de dois terços na Assembleia da República. 

«É importante criarmos um grupo de trabalho, no quadro da potencial Revisão Constitucional, no sentido de entendermos se a questão da participação da diáspora é só conversa fiada ou se, na verdade, queremos realmente resolver isto de uma vez por todas, e criar os círculos para a diáspora poder ter a sua representação nas assembleias regionais como tem no parlamento nacional», disse Miguel Albuquerque. 

Outras questões «importantes» elencadas pelo governante têm que ver com a falta de pessoal que afeta a rede de consulados – questão que, conforme referiu Miguel Albuquerque, estará a ser tratada –, a TAP posicionar-se como uma companhia que serve a coesão territorial e a diáspora e o ensino do português e a divulgação da cultura, em particular a madeirense, na diáspora, por forma a perpetuar a identidade. 

O líder do Executivo madeirense disse ter as maiores expetativas relativamente ao Fórum Madeira Global no que concerne ao trabalho e à discussão de questões que importam para o futuro das novas gerações da Madeira e da diáspora. 


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